Exibido em vários dias da semana entre 1986 e 2010, o programa ‘Hebe’ marcou a trajetória do SBT com as entrevistas e números musicais conduzidos pela simpática e espontânea Hebe Camargo, que dizia fazer as perguntas que seu público gostaria de fazer aos convidados – de artistas a políticos, de adultos a crianças.
Antes mesmo do SBT entrar no ar ‘Bozo’ já chegava às crianças através da TV Record (SP) e da TVS (RJ). Entre 1981 e 1991 o eufórico palhaço alegrou manhãs e tardes do SBT, junto de Garoto Juca, Papai Papudo, Vovó Mafalda e Salsi Fufu. Houve épocas de oito diárias de ‘Bozo’, o que rendeu ao SBT o apelido “Sistema Bozo de Televisão”.
Desde 1987 o “velho e querido banco” está no SBT, após passar pelas TVs Paulista, Record, Globo e Bandeirantes. Carlos Alberto de Nóbrega recebe as mais diferentes figuras, que atrapalham a leitura de seu jornal – e fazem o público rir de absurdas e inusitadas situações. No ar desde 1956, a clássica ‘Praça da Alegria’ segue firme e forte.
“Um jornal vibrante, uma arma do povo, que mostra na TV a vida como ela é.” Entre 1991 e 1997, o jornalismo viveu um momento efervescente com o superpopular noticiário, que ia das reportagens “sangrentas”, com direito a perseguição de bandidos junto com a polícia, a matérias mais leves e curiosas e dicas de economia com Maguila. Sim, você leu certo. Maguila.
No ar entre 1987 e 1994, o ‘Show Maravilha’ marcou tardes (até 1991) e manhãs da criançada, com desenhos animados e brincadeiras comandadas pela espevitada baiana Mara. Junto a ela, os Marotos, as Maravilhas e as Borboletas, entre outras figuras.
Entre 1991 e 1999, Serginho Groisman apresentou o programa (que mudou de horário dezenas de vezes), voltado para os jovens e com total liberdade de temas e de perguntas, feitas aos convidados também pela plateia adolescente. Lu Barsoti e Babi Xavier conduziram a atração até o fim de 2001, quando o ‘Programa Livre’ saiu do ar.
Entre 1997 e 2008, a atração teve diferentes fases e apresentadores. Nos primeiros seis meses, o comando era de Valéria Balbi, Adriana Colin, Débora Rodrigues e Jackeline Petkovic, depois acompanhadas por Amanda Françozo e Tânia Mara. Diversas brincadeiras com as “Garotas Fantasia” tinham interação do público, por telefone.
Ele quebrava discos dos quais não gostava, era conservador e lançou diversos talentos em quadros de seu programa. Flávio Cavalcanti teve no SBT sua última casa, depois de êxito nas TVs Rio, Tupi, Record, TVS e Bandeirantes.
O programa era exibido nos fins de semana, com reportagens sobre a vida numa grande cidade, temas policiais e curiosos, perfis de pessoas que têm muito a dizer e nem sempre quem as deixe falar. Marcou no SBT entre 1987 e 1994. Seu apresentador, o jornalista Goulart de Andrade, faleceu em 2016.
Em 1982, o SBT iniciou uma prática que se tornou tradição da casa: a exibição de novelas estrangeiras, principalmente mexicanas, dubladas em português. Esta foi a primeira, estrelada por Verônica Castro e Rogelio Guerra. O tema de abertura, “Sombras”, fez sucesso na voz de Sarah Regina: “Quero sentir novamente a sua presença tããão linda/ Quero partir firmemente pra te encontraaar...”.
No mesmo dia de Os Ricos Também Choram, o SBT estreou a primeira novela produzida pela emissora, original de Marissa Garrido adaptado por Raimundo Lopes e Crayton Sarzy. Glória (Ana Rosa) e Fernando (Flávio Galvão) têm um casamento tumultuado pela presença de Lorena (Tânia Regina) e pelo sumiço de um dos filhos do casal.
Em 1991, o SBT transmitiu uma novela mexicana infantil de grande sucesso. Bela, doce e bondosa, a professora Helena (Gabriela Rivero) têm por seus alunos um genuíno amor, e se envolve diretamente nos problemas de suas famílias. Duas décadas depois, a versão nacional com Rosanne Mulholland também alcançou grande êxito.
Marco da teledramaturgia, a história chegou ao público pela quarta vez no SBT, em 1994, com direção-geral de Nilton Travesso e Irene Ravache no papel da sofrida Dona Lola, que lutou ao longo de décadas para manter sua família unida, principalmente após a morte do marido Júlio (Othon Bastos). Gessy Fonseca, Cleyde Yaconis e Nicette Bruno foram as Lolas anteriores; Glória Pires viveu o papel posteriormente, numa quinta versão.
Original argentino, adaptado pelo SBT em parceria com a Telefe entre 1997 e 2001. Flávia Monteiro vivia Carolina, tutora das crianças do Orfanato Raio de Luz, que fazia de tudo pela felicidade delas. Uma das meninas, Mili (Fernanda Souza), era neta do dono da instituição, o Dr. José Ricardo (Rogério Márcico). Um grande sucesso que lançou moda, vendeu muitos produtos licenciados e repetiu a dose nos anos 2010, agora com gravações feitas no Brasil.
Em 2001, a emissora inaugurou um novo ciclo de novelas de originais estrangeiros, adaptados e gravados no Brasil com elenco nacional. Nesta, de título pitoresco, Bianca Rinaldi viveu Milla, jovem que morava em segredo com seu tio Camilo (Serafim Gonzalez) na filial das Lojas Soles em que trabalhava.
O programa estreou em 1956, na TV Tupi, e com o fim da emissora em 1980 passou para a TVS e a TV Record. No SBT, Lolita e Airton Rodrigues seguiram apresentando a reunião de amigos para um bate-papo e números musicais, nas tardes de sábado. Lulu Santos, Mara Maravilha e Ovelha lançaram ali seus primeiros álbuns.
Desde 1998, o apresentador Carlos Massa está no SBT, com um estilo irreverente à frente da atração que mescla reportagens, curiosidades, apresentações musicais, concursos e brincadeiras com a plateia e convidados. Houve uma interrupção do ‘Programa do Ratinho’ entre 2006 e 2009, mas o comunicador permaneceu na casa em outros projetos.
Entre 1998 e 2015, Marília Gabriela esteve no SBT em diversas oportunidades, e o talk show que passou a maior parte do tempo nas noites de domingo, após o ‘Programa Silvio Santos’ marcou pela elegância e inteligência de entrevistadora e entrevistados.
Exibido entre agosto de 1988 e dezembro de 1997, o telejornal trouxe a novidade do âncora independente, Boris Casoy, que opinava sobre os fatos. “Precisamos passar o Brasil a limpo” e “Isto é uma vergonha!” foram bordões criados pelo jornalista.
Um verdadeiro clássico do SBT, exibido durante a semana e/ou aos domingos. Entre os cartazes da sessão, filmes como ‘Mad Max’, ‘Arthur – O Milionário Sedutor’, ‘Anna dos Mil Dias’ e ‘O Homem Cobra’. Ainda no campo dos filmes, fizeram história ‘Cinema em Casa’ (primeiro à noite semanalmente, depois diariamente à tarde), ‘Festival de Filmes do SBT’, ‘Cine Espetacular’ e ‘Tela de Sucessos’, os dois últimos ainda no ar.
No ar de 1997 a 2001, o programa ia ao ar no começo da noite, e deixou toda uma geração saudosa de seus desenhos – como ‘A Turma do Pateta’ – e das aventuras dos integrantes do CRUJ, sigla de Comitê Revolucionário Ultrajovem. No elenco, Diego Ramiro, Leonardo Monteiro, Caíque Benigno, Jussara Marques, Murilo Troccoli e Danielle Lima.
Variedades, prestação de serviços, jornalismo, mundo-cão: uma mistura de tudo isso à tarde resultou em um dos grandes êxitos do SBT nos anos 1980, com Wilton Franco, Wagner Montes, Sérgio Mallandro, Roberto Jefferson, Ana Davis, Zaíra Bueno e outros.
O infantil matinal estreou em 1993 e foi conduzido por Eliana até 1998. Desde então, Jackeline Petkovic, Maisa Silva, Bozo, Silvia Abravanel e duplas como Jéssica e Kauê, Yudi e Priscilla (“Playstation, Playstation!”) e Matheus e Ana Vitória seguiram com sucesso na mistura de desenhos animados e brincadeiras com participação da criançada de casa, por telefone.
A TV Globo lançou o ‘BBB’ em janeiro de 2002, mas o formato de reality show de confinamento surgiu primeiro no SBT, em outubro de 2001, com a ‘Casa dos Artistas’. Toda noite ia ao ar uma edição dos fatos do dia e, aos domingos, Silvio Santos apresentava ao vivo a edição da eliminação, feita pelo público pelo telefone. Bárbara Paz, Supla, Alexandre Frota, Patrícia Coelho, foram alguns dos participantes mais destacados, em três temporadas.
Exibido de 1988 a 1999, o programa de entrevistas foi a realização de um sonho de Jô Soares e atingiu grande êxito de público e crítica – embora com o passar dos anos tenha sido exibido cada vez mais tarde. Figuras famosas e anônimas faziam a glória da plateia e do apresentador, geralmente três por dia.
Produzida pela Warner, a minissérie foi exibida em 1985 com grande promoção e alcançou a liderança de audiência, obrigando a TV Globo a atrasar o Jornal Nacional e os capítulos de ‘Roque Santeiro’ na tentativa de contê-la. Richard Chamberlain e Rachel Ward protagonizaram a história de amor do Padre Ralph de Bricassart com Meggie e a dúvida do religioso entre a Igreja e a carne. Participação muito especial de Barbara Stanwyck e Christopher Plummer.
Transmitido entre 1981 e 1988, inicialmente apenas para São Paulo, este foi o primeiro telejornal do SBT e teve diversos apresentadores, entre os quais Lívio Carneiro, Marcel Abadiê, Kátia Maranhão, Gioia Jr., Antonio Casale, Tony Astassiê, Jorge Helal, Gilberto Carneiro e Beth Russo. Passou pelas manhãs, pelo horário nobre e também pelo fim de noite.
Ao longo de 10 anos (de 1982 a 1992), Gugu Liberato comandou – primeiro com Ademar Dutra, Jair de Ogum e Clóvis Bornay, depois sozinho – o show de variedades que ia de histórias sobrenaturais e concursos de música e dança até o muito lembrado quadro ‘Sonho Maluco’, no qual Gugu passava por situações indicadas pelo público – algumas perigosas e várias bem inusitadas – através de cartas.
‘Táxi do Gugu’, ‘Gugu na Minha Casa’, prova da banheira, jornalismo ao vivo com Silvana Kieling no ‘Helicóptero do Gugu’, ‘Telegrama Legal’, ‘De Volta para Minha Terra’... Desde 1993, esses e outros quadros conquistaram muita audiência nos domingos do SBT – com Gugu Liberato até 2009 e desde então com Celso Portiolli.
Otávio Mesquita comandou em mais de uma emissora – e também com outros nomes – a atração, que mistura entrevistas e reportagens especiais, mas no SBT o ‘Perfil’ marcou época, de 1988 a 1991 e de 1993 a 1998. ‘Okay, Pessoal!’ e ‘Operação Mesquita’ são variações do formato, também no SBT.
Uma das muitas escolinhas da TV foi a de Ronald Golias no SBT. Produzido nos anos 1990 em duas fases e depois reprisado, o programa tinha Carlos Alberto de Nóbrega como o professor e, entre os colegas de Pacífico, Nair Bello, Consuelo Leandro, Patrícia Opik e Marta Pessoa
Sucesso dos primórdios do SBT nas noites de sábado. Jacinto Figueira Jr. (“Bem, senhores telespectadores...”) apresentava casos policiais, com os envolvidos presentes no estúdio, e também fazia reportagens sobre violência, desigualdade e mazelas sociais.
Exibida no Brasil pela primeira vez em 1984 e reprisada diversas vezes, a novela mexicana contava a história da menina Isabel, ou Chispita (Lucero), supostamente órfã, que vai morar na casa do milionário Alexandre (Enrique Lizalde) e está mais perto de sua mãe, Lúcia (Angélica Aragón), do que imagina.
Ao chegar ao SBT, em 1988, Jô Soares trouxe vários redatores e humoristas consigo, para seguir com o ‘Veja o Gordo’ a tradição de outros programas que fez na TV Globo, em especial o ‘Viva o Gordo’. O time contava com Eliezer Motta, Nina de Pádua, Marlene Silva, Maria Cristina Nunes, Murilo Amorim Correia, Consuelo Leandro, Carlos Capeletti e João José Pompeo, entre outros. O humorístico saiu do ar em 1990.
“Sonho lindo que se foi, esperança que esqueci...” Em 1999, a emissora estreou um de seus maiores sucessos no campo das novelas mexicanas. Gabriela Spanic vivia as protagonistas Paola Bracho, mau-caráter, e Paulina Martins, boazinha, sua irmã gêmea que troca de lugar com a vilã e vai ver com o marido dela, Carlos Daniel (Fernando Colunga), e confronta os problemas e mágoas deixados por Paola.
Atriz e cantora, Thalía se tornou estrela também no Brasil com a exibição pelo SBT entre 1996 e 1997 da trilogia formada por ‘Maria Mercedes’, ‘Marimar’ e ‘Maria do Bairro’, protagonizada por ela. As histórias arrebataram o público e fazem sucesso até hoje em reprises. ‘Maria do Bairro’ já foi ao ar quase 10 vezes no Brasil em pouco mais de 20 anos.
A partir de 1984, o SBT exibiu duas séries que marcaram várias gerações, estreladas por Roberto Gómez Bolaños. O super-herói atrapalhado Chapolin e o órfão Chaves foram sucesso em qualquer horário no qual fossem exibidos, e especialmente ‘Chaves’ serviu de coringa da emissora.
“Você está certo disso? Posso perguntar?” A estreia ocorreu em 1999, como ‘Jogo do Milhão’, houve algumas temporadas nos anos seguintes e em 2021 o formato está de volta. Às 22h, o Brasil parava para acompanhar Silvio Santos e os participantes que podiam ganhar até um milhão de reais se respondessem corretamente a 16 perguntas de temas variados, de história a ciência, de atualidades a cultura pop.
No ar desde 1961, a maratona dominical que leva o nome de seu apresentador deu origem ao Sistema Brasileiro de Televisão, tanto por suas condições autônomas de produção em relação às emissoras que a exibiram antes quanto por traduzir com seu animador a essência popular do SBT. Sem ‘Programa Silvio Santos’, nada dessa rica trajetória de 40 anos haveria. Até hoje é a atração mais popular da casa, mesmo que exiba reprises