Antes do Canal 5 de São Paulo, TV Paulista, passar das Organizações Victor Costa para Roberto Marinho, e ter aí início a trajetória da TV Globo na cidade, o que ocorreu em 1965, Silvio Santos já exibia na emissora seu programa dominical.
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O sucesso da atração, que com o tempo foi ampliando o número de horas no ar, e o retorno comercial propiciado pelo aluguel que Silvio pagava pelo espaço que ocupava na programação, tiveram papel importante na consolidação da TV Globo junto aos paulistanos.
Mas em 1971 um dos contratos que uniam Silvio Santos e a TV Globo expirava e já era sabido que o animador tinha intenção de tornar-se ele mesmo proprietário de uma emissora de TV. A tentativa de comprar a TV Excelsior dera errado, e a de obter a concessão de algumas emissoras caiu por terra quando o governo favoreceu o Jornal do Brasil na disputa.
O contrato com a Globo para a exibição do programa acabou por ser renovado até 1976, mas sob a condição de que Silvio não se tornasse proprietário ou concessionário de nenhuma emissora. Vai daí que o Homem do Baú resolvera adquirir metade da TV Record, então à venda, valendo-se de um testa-de-ferro.
Apenas em 1976 Silvio Santos pôde revelar-se como um dos donos da Record ao outro dono, Paulo Machado de Carvalho, fundador da emissora em 1953. Depois de alguns desacertos, os dois se entenderam e dividiram o comando da empresa até o final dos anos 1980, quando venderam-na a Edir Macedo.
Problemas de grade e de verba, que levaram a Record a recorrer a filmes e séries antigos, jogos de futebol de várzea e programas de variedades de baixo custo, além da tentativa de entrar na competição pelo público carioca com a TV Record Rio, Canal 9, você confere nas Curiosidades da TV desta semana, aqui no Observatório da TV!