Ricardo Boechat fala de carreira e revela motivo de não ser adepto das redes sociais: “eu não quero criar ilusões”

Publicado em 11/03/2018

Principal nome do jornalismo da Band, Ricardo Boechat é o âncora o Jornal da Band há doze anos, e, não raramente surpreende pelos números positivos na audiência. O consagrado jornalista se mostra feliz e satisfeito com o trabalho desenvolvido na emissora. A reportagem do Observatório da Televisão conversou com Boechat, que nos contou sobre a importância da emissora em sua vida.

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“A Band é a emissora e o grupo que eu estou, naquilo que eu possa imaginar que seja ‘um quarto’ da minha vida profissional e, talvez física. Eu já tenho quarenta e sete anos de profissão e, os últimos quinze ou quatorze anos foram passados na Band. Já vim veterano, experiente, vivido. Eu havia passado por outros grupos e empresas de comunicação, principalmente no Rio de Janeiro,  a Band foi uma mudança de vida muito significativa e abrupta, que foi trabalhar em são Paulo, eu nunca tinha trabalhado aqui, a emissora foi a minha entrada cotidiana na televisão e no rádio, porque a minha formação é de mídia impressa, especialmente em O Globo, então, a Band, apesar de ter chegado tarde na minha vida, ela foi decisiva”, explica Boechat, ganhador de três prêmios Esso, o maior e a mais importante distinção conferida a profissionais de imprensa no Brasil.

Ricardo Boechat apresenta o Jornal da Band (Divulgação)
Ricardo Boechat apresenta o Jornal da Band Divulgação

A bancada do Jornal da Band vive um encontro de gerações, Ricardo Boechat divide espaço com outras competentes profissionais, Paloma Tocci e Laura Ferreira, e sobre isso ele brinca dizendo: “Qualquer pessoa que trabalhar comigo vai ter um encontro de gerações, eu já estou na geração que está ‘pra lá de Bagdá’ já faz tempo”, e continua “Minha experiência com a Paloma Tocci é maravilhosa, eu tenho um carinho muito especial. Laura Ferreira veio de um outro meio, de uma outra formação profissional, ela é meteorologista e formada na USP, às vezes eu cutuco muito ela, eu brinco dizendo: ‘Laura, você agora também é jornalista, você tem que olhar para os fatos jornalísticos com outros olhos’. É muito bacana porque como em qualquer transferência de bastão cronológica de uma geração para outra, você tem a sua bagagem  e experiência, e tem um campo de visão, de interpretação, de sentimentos do qual você não compartilha porque não é da tua época, do seu campo ou da sua linguagem, e essa convivência te trás isso, aporta a sua convivência, essas sensações eu vivo e digo sempre isso em casa para os meus filhos e mulher. A despeito de ser minha última etapa –inevitável- da minha vida profissional, está sendo a mais prazerosa, e boa parte disso é por estar vivendo com gente mais nova que eu”, explica.

Ricardo Boechat revela motivo de não ser adepto das redes sociais, “Eu adoro fazer nada, gostaria de poder ficar à toa. Eu tenho a sorte de poder ter passado por várias áreas do mercado do jornalismo; mídia impressa, rádio, televisão, e ter dado a sorte de sobreviver e caminhar na profissão. Eu até asseio o campo da internet, mas não me sinto vocacionado para isso, não tenho redes sociais, não que eu menospreze, eu acho fundamental, acho até que o futuro está por ai, mas, eu já estou com os dois pés muito bem acertados num tempo anterior a este. Minhas atividades produzem uma demanda muito grande, se eu abrisse espaço para  novas plataformas eu estaria criando a ilusão de poder corresponder às expectativas das pessoas, e eu não quero criar ilusões”, conclui.

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