“História dramática não dará vitória à ninguém”, afirma João Marcello Bôscoli sobre o The Four

Publicado em 06/02/2019

O The Four está prestes a estrear na tela da Record TV, sob o comando da apresentadora Xuxa. Sua bancada de júri conta com nomes como Aline Wirley, Leo Chaves e do músico, compositor e empresário João Marcello Bôscoli. Em entrevista ao Observatório da Televisão, Bôscolli contou detalhes do convite para integrar o time do programa, desafios que o programa terá para os candidatos e sobre o mercado fonográfico no Brasil. Confira:

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Como aconteceu o convite para o The Four?

Eu recebi um telefone uma dia dizendo que o The Four iria acontecer no Brasil. Eu fiquei surpreso porque eu já acompanhava através da internet o The Four nos Estados Unidos. Achei interessante esse frescor, essa inversão dos finalistas estarem no começo, e são desafiados. Eu achei isso muito parecido com a vida como ela é. Você está lá no estrelato, sentado, tranquilo e de repente você é desafiado por alguém que quer o seu lugar de qualquer jeito. A decisão da plateia e de nós jurados decidirmos quem vai para a batalha, quem pode batalhar. Mas quem decide o vencedor é o público. Eu acho bacana que não há necessidade ser bonzinho com todo mundo, você trata adultos como adultos.

“A gente vê muito brilho, mas a realidade é dura”, diz Bôscolli sobre as dificuldades dos artistas no Brasil

Como vai ser para você ter que lidar com os sonhos dos competidores?

Atrás de cada participante tem um sonho, mas aqui isso não vai ser superdimensionado. Grande parte dos artistas que eu conheço tiveram vidas duras. A minha mãe veio com meu avô com uma mala para o Rio de Janeiro com a promessa de emprego e um disco que não aconteceu – de cara. Ela teve que se virar na noite para cantar nos lugares e tal. Essa é a história do artista, a gente vê muito brilho, mas a realidade é dura. A vida é dura e acho que há esse reflexo aqui [No The Four]. Há muito respeito, mas não só porque a pessoa tem uma história mais dramática é que temos que dar a vitória a ela.

No mercado musical brasileiro atual, quem você considera ser o grande nome?

“A música brasileira se estabeleceu a partir da Bossa Nova, isso já tem muito tempo. Depois desse estouro, o maior nome brasileiro no mundo, chama-se Sepultura. É o único nome que você viaja o mundo e na Europa inteira, e vê camisetas deles. É claro que, em alguns lugares como na Itália, por exemplo, você tem o Toquinho muito conhecido, temos a Elis no Japão, na Itália, França, Alemanha. Temos a Anitta com artistas americanos chegando às paradas. Eleger apenas um num país de dimensões continentais, é complexo. Temos o Ed Motta que passa seis meses por ano fazendo shows em clubes de Jazz. É difícil ter um grande eleito pois existem alguns seguimentos. A música brasileira é respeitada no mundo graças a Bossa Nova.”

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