In Memoriam

Ator de muitas facetas e quase “Silvio Santos da Globo”, Paulo Goulart nos deixava há sete anos

Ele esteve na primeira novela da TV Paulista e também marcou presença na Tupi, além dos muitos trabalhos na Globo

Publicado em 12/04/2021

Você talvez não o conheça por seu nome de batismo, Paulo Afonso Miessa. Mas se falarmos em Paulo Goulart, com esse sobrenome ‘emprestado’ de um tio radialista, seguramente a situação é outra. Nascido em 9 de janeiro de 1933 na cidade paulista de Ribeirão Preto, o ator nos deixou aos 81 anos, em 13 de março de 2014, após complicações de um câncer.

Desde o começo dos anos 1950 Paulo Goulart empenhou a vida no fazer teatral, como ator e produtor principalmente. Entre tantos desempenhos famosos, registrem-se Orquestra de Senhoritas, Meu Reino por Um Cavalo e O Evangelho Segundo Jesus Cristo. Fora a televisão, sempre tão presente na vida do artista, de sua esposa Nicette Bruno e dos três filhos, Bárbara Bruno, Beth Goulart e Paulo Goulart Filho.

Paulo Goulart esteve no elenco da primeira novela da TV Paulista, Helena (1952), escrita por Manoel Carlos a partir de Machado de Assis. Era a segunda emissora de TV inaugurada em São Paulo, após pouco mais de um ano com a TV Tupi reinando sozinha junto ao público ainda reduzido do novo veículo.

Nas TVs Excelsior, Tupi, Record, Bandeirantes, SBT e Globo viriam outras dezenas de novelas, minisséries e unitários, trabalhos nos quais Paulo Goulart mostrou muitas facetas de seu talento. O Globoplay já resgatou para novas e velhas gerações dois importantes momentos da trajetória do ator: Altino Flores em Fera Radical (1988) e Donato em Mulheres de Areia (1993). No próximo dia 26 será a vez do juiz Marcos Labanca em Roda de Fogo (1986).

No início dos anos 1980, Paulo Goulart foi convidado por Boni, todo-poderoso global, para ser uma espécie de ‘Silvio Santos da Globo’, comandando aos domingos um show de auditório com jogos e prêmios. Como era avesso a todo tipo de jogo, o ator não aceitou, e com isso Batalha dos Astros foi confiado a Luiz Carlos Miele e Guerra dos Sexos, a Osmar Santos.

Nesta semana, o In Memoriam do Observatório da TV celebra o talento desse grande ator, que também esteve em A Muralha (1968), Verão Vermelho (1970), Uma Rosa Com Amor (1972), Gaivotas (1979), Plumas e Paetês (1980), Jogo da Vida (1981), O Dono do Mundo (1991), Zazá (1997), Esperança (2002), América (2005), entre outros trabalhos. Confira o vídeo!

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