A TV americana bateu recorde de inclusão e diversidade na temporada 2020-2021. De acordo com um estudo minucioso feito pelo instituto Nielsen, o Ibope dos Estados Unidos, 78% das atrações exibidas tinham algum tipo de representatividade: racial, étnica, de gênero ou de orientação sexual. Ao todo, foram analisados 1.500 programas.
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Essa porcentagem é a maior de todos os tempos, atingida após uma onda de protestos e iniciativas aplicadas na década passada em prol da diversidade. E, de fato, é possível perceber nos canais e streamings séries como Yellowstone (Paramount+), Reservation Dogs (Star+), Eu Nunca… (Netflix), The Sex Lives of College Girls (HBO Max), entre outras, que abrem espaço para narrativas então marginalizadas -e até mesmo ridicularizadas.
Agora, a Nielsen mira outro alvo: a qualidade dessa representação. O título do estudo divulgado nesta quinta-feira (9) pelo site Insider, Being Seen on Screen: The Importance of Quantity and Quality Representation on TV (Ser Visto na Tela: A Importância da Quantidade e Qualidade da Representação na TV), dá uma dica da proposta apresentada e debatida.
Inclusão aprimorada
Um exemplo disso é sobre a presença de pessoas negras na TV. O número é bom em comparação com essa parcela da população americana. A aparição de negros na tela na temporada 2020-2021 foi de 21% na TV aberta, 13,3% no cabo e 17,9% no streaming.
A questão é que ao destrinchar os números, a maioria dessas participações são em séries policiais, de investigação criminal ou sobre gangues/máfia. Falta uma representação em personagens médicos, em tramas de aventura, ficção científica, fantasia, entre outras.
Com a mulher negra, nota-se uma melhora na inclusão quando uma série tem na sala de roteiristas profissionais afro-americanas. A qualidade das personagens, na personalidade e no desenvolvimento ao longo da história, melhora nesse cenário.
O estudo da Nielsen fez um balanço usando palavras-chaves. A comunidade LGBTQIA+ serve como um exemplo interessante de avanço na forma de como é encenada na TV. A narrativas foram rotuladas de autênticas e profundas, além de serem pensativas, bondosas, relatar histórias de superação e cerebrais.
Ainda nesta porção das palavras-chaves do estudo, as mulheres brancas são mais identificadas como conscientes, honestas e de boa moral, seguindo uma linha de representação tradicional e viciada, ainda não rompida.
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