A Netflix aumentou o preço de assinaturas do streaming, no Canadá e nos Estados Unidos, e um grupo de pessoas ficou extremamente contente: os acionistas. O valor de mercado da empresa subiu instantaneamente, na casa dos 2%, com cada ação valendo US$ 525 (R$ 2.892) perto do fechamento do pregão desta sexta-feira (14), em Nova York.
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Existe uma diferença de preços entre os países que a Netflix opera, de acordo com leis locais e outros fatores. Pega-se os EUA, por exemplo. O plano básico ficou US$ 1 (R$ 5,51) mais caro, chegando a US$ 9,99. O pacote mais popular saltou de US$ 13,99 para US$ 15,49. E a assinatura premium foi de US$ 17,99 para US$ 19,99.
Nos EUA, o último reajuste de preços ocorreu em outubro de 2020. Enquanto no Brasil, a mudança mais recente na tabela dos planos foi aplicada em julho do ano passado.
O valor da empresa subiu (e deve manter-se em um patamar elevado) porque o aumento dos preços não resulta, necessariamente, em uma debandada de clientes. Sim, algumas pessoas dizem chega e suspendem o serviço. Mas a maioria fica. E isso deixa quem investe na empresa sorridente, pois o resultado é mais receita/faturamento.
Se por um lado existe a máquina de moer séries, a Netflix tem provado ser uma fábrica de hits mundiais, seja filmes (Alerta Vermelho) ou séries (Round 6). Ou seja, no quesito produção de conteúdo não há crise.
O impacto disso tudo será detalhado na próxima semana, quando a empresa irá divulgar o balanço financeiro do quarto bimestre de 2021.
Em linhas gerais, a Netflix é o único streaming que pode elevar os preços sem medo de ser feliz. São as rivais que precisam tomar cuidado nas cobranças. Por isso a concorrência oferece meses de graça, pacotes com outros streamings e as mais diversas promoções e malabarismos para atrair assinantes.
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