LIÇÕES CELESTIAIS

Cinco ensinos de Lúcifer, o da Netflix, para quem quer entrar no Céu

Série do capiroto ficcional que não mente e pratica o bem chega ao fim nesta sexta-feira (10)

Publicado em 10/09/2021

Pode alguém ter Lúcifer como exemplo de pessoa que almeja passar a eternidade no Paraíso? Caso seja o capiroto da Netflix, vivido por Tom Ellis, sim. Na narrativa ficcional que termina nesta sexta-feira (10), o tinhoso até faz algumas diabruras (quem nunca?), mas ele tem uma ficha corrida de bons exemplos celestiais.

O Lúcifer da série não mente, expulsa falsos pregadores cristãos e até mesmo pratica o bem em detrimento da maldade. Quem quiser passar no exame do cara-crachá feito por São Pedro na porta do Céu, pode olhar com carinho para o satanás dono de um bar e seguir ao menos um ou outro passo.

Veja cinco ensinos sacros de Lúcifer, o da Netflix:

Bote o charlatão para correr!

Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus (…) Muitos naquele dia hão de dizer: Senhor, não expelimos demônios, profetizamos em seu nome e fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: ‘Nunca vos conheci, apartai-vos de mim‘” (Mateus 7:21-23)

Falsos pastores é o que mais têm na Terra. Pregam o Evangelho com muita pirotecnia, apenas em proveito próprio (ou seja, encher o bolso de dinheiro). A Bíblia exorta a fazer com eles o que Lúcifer fez ao encontrar um pastor trambiqueiro, que ministrava em frente a uma Igreja Universal: botar o charlatão para correr.

Quando fez isso, o diabo até deu uma bronca precisa no pregador: “Sabe, o que odeio mais que tudo é um mentiroso. Um charlatão, alguém que não acredita no que diz“. É necessário dar ouvidos às pessoas certas.

Não minta

Por isso deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo” (Efésios 4:25)

Uma das características mais curiosas do Lúcifer interpretado por Tom Ellis é que ele não mente. Nunca! E o anjo rebelde se orgulha bastante disso, embora a franqueza pura cause constrangimentos nas relações sociais, dependendo da situação. Por isso é importante a moderação na sinceridade, balanceada com a hora certa de não omitir a verdade.

Lute para salvar uma alma

…e o que ganha almas é sábio” (Provérbios 11:30)

Antes de ver a detetive Chloe Decker (Lauren German) morrer, golpeada pelo irmão gêmeo Miguel, Lúcifer tinha conversado com a policial sobre a importância de salvar uma alma, reforçando o mérito de lutar por uma única pessoa que seja.

O diabo se viu em um dilema, então. Ao entrar no Paraíso, ele teve de se sacrificar para salvar a vida da policial, o grande amor dele, mesmo com o destino a seguir sendo arder em chamas. Mas o gesto altruísta se voltou a favor de Lúcifer, que ressuscitou e voltou à Terra.

No mundo real, em tempos de tanto ódio e beligerância, quem tem a coragem de se sacrificar pelo outro? Evidentemente, não a ponto de arriscar a vida. Se trata aqui de uma gesto, uma mão amiga, um auxílio ao necessitado, a quem enfrenta dificuldades e busca uma saída para os problemas.

Tom Ellis na sexta temporada de Lucifer
Tom Ellis na sexta temporada de Lucifer (Divulgação/Netflix)

Faça o bem

Portanto, pensem nisto: Quem sabe que deve fazer o bem e não o faz comete pecado” (Tiago 4:17)

Por incrível que pareça, a jornada de Lúcifer entre os humanos foi de bondade genuína. Ao virar consultor da polícia de Los Angeles, investigando crimes ao lado da detetive, o belzebu galã sempre mirou punir quem praticou o mal. E consequentemente ajudou a todo tipo de gente. 

Ele trabalhava para trazer justiça aos inocentes. Além disso, Lúcifer fez muito mais ações boas do que ruins, para desespero da demônio e amiga Maze (Lesley-Ann Brandt), que simplesmente amava uma carnificina. 

Controle a raiva

“Meus amados irmãos, tenham isto em mente: ‘Sejam todos (..) tardios para irar-se'” (Tiago 1:19)

A humanidade atualmente é movida pela raiva, que muitas vezes descamba em uma discussão feia ou até em atos violentos irreversíveis. Falta equilíbrio emocional, algo que Lúcifer demonstra bem. Há nele uma confiança que muitos poderiam ter como exemplo.

Ficar irado é possível, porém tem de ser uma exceção, não a regra. Para tirar Lúcifer do sério, apenas se for alguma coisa muito grave, como ver pessoas queridas magoadas ou em perigo. Não é qualquer frustação que faz o diabo dizer: “que Inferno!”.


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