Série que virou xodó dos brasileiros no ano passado, For Life está de volta na Netflix com a segunda temporada; os dez episódios foram lançados na plataforma nesta quinta-feira (31). Foi justamente na gigante do streaming que o drama jurídico, baseado em uma história real, se tornou sucesso de audiência após passar despercebida em streaming rival (Paramount+) e na TV paga. Mas se prepare: a série foi cancelada.
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O Paramount+, inclusive, já tinha lançado a segunda temporada de For Life no Brasil, assim como o Globoplay. Mas é agora, na Netflix, que a série deve voltar a entrar na boca do povo. Em agosto de 2021, a atração foi tão bem que chegou a ser a líder geral de audiência entre todos os programas da plataforma do tudum.
For Life não conquistou tanto público assim nos Estados Unidos, na rede ABC, e foi cancelada, anúncio feito em maio do ano passado. Até ocorreu uma tentativa de resgate, pela IMDb TV, ventilando a possibilidade de fazer uma terceira temporada, mas não rolou.
Conheça a história real de For Life
O assinante da Netflix no Brasil foi fisgado pela história real narrada em For Life. A série acompanha os passos de Aaron Wallace (Nicholas Pinnock), um empresário da noite que é preso por tráfico de cocaína. Porém, a droga não pertencia a ele, que acaba sofrendo uma punição incorreta. Foi parar atrás das grades, condenado à prisão perpétua.
Dentro do cárcere, Wallace decide lutar pela própria liberdade na busca pela inocência. Ele começa a estudar leis, aprende a interpelar e vira um advogado. Essa atitude arriscada não só lhe ajuda perante à corte, mas também o faz virar representante de outros colegas de cadeia no tribunal, homens que foram condenados injustamente ou receberam uma sentença muito severa.
For Life usou como inspiração a vida de Isaac Wright Jr., um doutor em advocacia que aprendeu os preceitos do direito detido em uma penitenciária de segurança máxima. Pequenos detalhes dessa jornada foram alterados em prol do entretenimento, conduta que é praxe nas adaptações hollywoodianas da vida real. Porém, muito do encenado ocorreu de verdade.
Wright era um empresário musical quando a polícia o fichou como traficante de cocaína. Segundo os procuradores, ele era um líder de uma quadrilha da pesada. A condenação, dada em 1991, foi passar o resto da vida enjaulado.
Demorou bastante para a sentença ser anulada. Wright trabalhou arduamente no caso e somente cinco anos depois que conseguiu a liberdade. O caso foi arquivado após a comprovação de mentiras de testemunhas e a prevaricação de um procurador.
Então outra batalha contra a perseguição iniciou. Tudo caminhava bem para em 2008 ele obter a licença para advogar em Nova Jersey. Mas a Ordem dos Advogados do Estado travou o processo, fazendo uma verdadeira varredura no passado de Wright atrás de um deslize mínimo. A admissão chegou nove anos depois.
A série tomou um rumo diferente na segunda temporada, só que sem perder a essência da trajetória de Wright. Adições fictícias à narrativa foram feitas, principalmente no núcleo familiar, o que mais se dissociou dos fatos. No final das contas, a atração ficou bem amarrada. Logo, resta o lamento de ela ter tido uma curta duração. ⬩
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