No final deste primeiro semestre, salvo qualquer impasse fora do radar, será oficialmente feita a fusão entre a WarnerMedia e a Discovery, surgindo uma nova Warner batizada de Warner Bros. Discovery. Executivos por trás dessa negociação asseguraram, em conferência com investidores nesta quinta-feira (24), que vão entrar no jogo sob o espírito do “importante é competir”. Eles não têm interesse em ganhar a guerra dos streamings.
Por que adotar essa postura? David Zaslav, diretor-executivo da Discovery, deixou claro que a nova empresa não vai embarcar na corrida visando vencer “a guerra dos gastos”, como rotulou o duelo travado principalmente por Disney e Netflix que loucamente produzem conteúdo para ofertar ao público.
“Nós iremos sim investir em conteúdo, mas não vamos agir tipo ‘vamos gastar mais US$ 5 bilhões nisso’”, falou Zaslav aos financiadores. “Nós seremos espertos e cuidadosos. Não vamos gastar apenas para ter mais conteúdo na plataforma.”
Em outras palavras, Zaslav indica que a Warner Bros. Discovery vai copiar o modelo da HBO, empresa parte da WarnerMedia e dentro no novo conglomerado. O canal premium tem como lema apostar mais em qualidade do que em quantidade.
“Veja o que Casey [Bloys, chefe de conteúdo da HBO] faz. Ele tem Euphoria, Succession e agora o drama de época A Idade Dourada. Será que a HBO estaria melhor se tivesse mais outras três séries de sucesso?”, questionou o executivo.
Para se ter uma ideia, a expectativa é que a Netflix gaste, em 2022, US$ 17 bilhões (R$ 87 bilhões) em conteúdo. No caso da Disney, o valor chega a US$ 23 bilhões (R$ 117 bilhões). A Warner Bros. Discovery deve vim com algo em torno dos US$ 10 bilhões.
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