Nome forte para, ao menos, concorrer ao Emmy em setembro entre as atrizes de minissérie, Mackenzie Davis brilha atualmente em Estação Onze, produção magnífica e elogiada da HBO Max. A canadense conseguiu um espaço sob os holofotes de Hollywood após chamar a atenção pelo trabalho no cultuado drama Halt and Catch Fire (2014-2017), tesouro escondido no Globoplay.
Durante quatro temporadas, Halt and Catch Fire emulou alguns acontecimentos reais do mundo da informática, a partir dos anos 1980, em uma narrativa que culminou na criação de bate-papos virtuais, comércio online, games de tiro (desses de primeira pessoa), buscadores na internet tipo o Google e muito mais.
Menina-prodígio
A rebelde, genial e turrona Cameron Howe era a personagem de Mackenzie Davis em Halt and Catch Fire. A jornada dela é bem revolucionária. Aos 22 anos, a programadora iniciou uma onda de progresso em um meio conservador e predominantemente masculino.
Com a música punk batendo forte nos ouvidos, Cameron encontrava conforto nos números, na precisão da matemática, em contraponto a uma vida pessoal, familiar e profissional conturbada. Esse choque de ideais provocou situações interessantes de serem vistas.
Halt and Catch Fire tem uma veia feminista, encabeçada por Cameron ao lado de Donna (Kerry Bishé); esta que, por sua vez, se livrou do rótulo de dona de casa, recatada e do lar para ter uma vida própria na indústria da computação, sem ficar presa ao marido.
O drama do canal americano AMC (o mesmo de Mad Men e Breaking Bad) apresenta aquela vibe inovadora de start-up quando Cameron forma uma empresa para criar games. Os desenvolvedores trabalham em uma casa caótica, mas com muita liberdade de criação.
Durante uma das brincadeiras, usando armas de brinquedo, surgiu a ideia de criar um joguinho de tiro em primeira pessoa, isso em meados da década de 1980.
As várias faces de Cameron, como idas e vindas na amizade com Donna e o temperamento volátil, tal qual o visual do cabelo e estilo das roupas, só ajudaram Mackenzie Davis. A série Halt and Catch Fire tem outros bons elementos, porém a atriz por si só já é motivo suficiente para maratonar a atração.
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