Ivete Sangalo recorda infância em Juazeiro no Tamanho Família: “Os banhos de chuva eram incríveis”

Publicado em 18/04/2019

A quinta temporada do Tamanho Família estreia no próximo domingo (21), recebendo dois convidados especiais: Ivete Sangalo e Zezé di Camargo. No palco com Márcio Garcia, os dois e suas famílias vão cantar, sorrir e resgatar boas lembranças afetivas.

A cantora baiana levou para o sofá a irmã Cyntia, o irmão Ricardo e a cunhada Valéria. Já Zezé, montou seu time com a filha caçula Camila, grávida de Joaquim, o irmão Camarguinho e a mulher Graciele Lacerda.

Nelson Rodrigues dizia que toda unanimidade é burra, mas Ivete é uma unanimidade inteligente. Ela surfa em todas as ondas”, brincou Zezé. Ivete lembrou dos encontros dos dois e suas famílias ao longo das carreiras: “Construímos um carinho e admiração mútuos”. 

Tamanho Família vai ao ar depois do Esporte Espetacular. O programa tem direção geral assinada por Bernardo Portugal e redação final de Elbio Valente.

Infância dos artistas

Nascida em Juazeiro, Ivete lembra cada detalhe daquela época no interior da Bahia. “Sou uma mulher sertaneja e isso reverbera na minha vida como um todo. Juazeiro tem uma importância de dignidade na minha vida. Eu tenho uma memória de vida dessa fase da minha infância. Sabores, cheiros, gostos, abraços, músicas… O Rio São Francisco se confundia com a água do nosso sangue”, conta.

Fiz tudo na minha infância dentro do Rio São Francisco. Os banhos de chuva eram incríveis. Éramos crianças e aquilo vinha como um chamado da natureza, uma grande brincadeira. Não tínhamos ideias dos riscos na época”, conclui Veveta.

Foi também no interior, mas de Goiás, que Zezé foi descobrindo e construindo sua relação com a música. “Eu tenho todos os momentos daquela época na minha memória. Além do radinho de pilha, que era nosso contato com o mundo, o resto era passeio para algum outro sítio a uns 30 km de casa. Mas quem me incentivou muito foi a minha mãe”, recorda.

“Lembro dela lavando roupa na beira do rio e cantando. Ela cantava e eu procurava a nota que casava com a voz dela no acordeom. Demorava uma semana para tirar uma música”, finaliza Zezé.

Pais e filhos

A baiana costuma dizer que ela e os irmãos aproveitaram muito os pais quando vivos. “A música era dele (do pai) que fazia saraus em lá casa, comprava instrumentos… Mas mainha era suingue. Minha mãe cantava e batucava o tempo todo. Tive orgulho de ter conseguido dar algumas coisas pra ela, que chegou a viver um pouco da minha realidade de cantora. A consciência do amor que temos com os nossos filhos faz com que a gente reflita sobre o amor deles com a gente também”.

É um encontro lindo. Meus filhos foram a presença mais forte dos meus pais na minha vida. Ali eu entendi tudo. Consigo perdoar os erros deles e essa compreensão me faz maior ainda”, conta Ivete, que se derrete pelos filhos: “Eles são as grandes estrelas da parada. Eu quero arrasar é para eles”. 

Zezé é do tipo que deixa de pescar ou se reunir com os amigos para garantir a visita aos pais ao menos uma vez por semana. “Se Deus pode me dar uma coisa divina é esse amor e gratidão que eu sinto pelos meus pais. Não sou capaz de expressar em palavras. Com o meu pai, vivo um momento muito especial. Ver ele na situação que eu vi é muito triste. Mas esse ano foi um milagre”, comemora.

Levei ele para a fazenda no Carnaval, ele se adaptou aos seus limites e está mostrando que, independente da circunstância, a vida é muito valiosa. Está nos dando mais uma lição. O sentimento de pai para filho, de filho para pai, de irmão, é indestrutível”, diz o cantor, que lembra da caçula Camila, ainda criança e muito grudada a ele, que ficava com febre até o pai voltar de viagem.

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