No The Noite, Lobão fala sobre novo álbum e relembra tempo na prisão

Publicado em 17/07/2018

No The Noite desta terça-feira, 17 de julho, Danilo Gentili entrevista Lobão, que fala sobre o lançamento de seu novo álbum Lobão & os Eremitas da Montanha após ter escrito o livro “Guia Politicamente Incorreto dos Anos 80 pelo Rock”. “Me senti na obrigação de fazer um disco depois de tudo que eu escrevi. Foi um desafio porque eu não sou cantor, sou um compositor e eventualmente canto”, diz.

Sobre músicas que ficaram de fora do disco, ele lamenta: “teve músicas que eu adoraria cantar e não consegui. Como por exemplo o Ritchie. Eu não tinha esse charme. Os Titãs também não consegui colocar nenhuma música”. Falando sobre o posicionamento do rock nos anos 80, o cantor comenta: “o rock tinha um papel muito indefinido. A direita te odiava e a esquerda te achava americanizado”.

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Sobre ter sido preso nos anos 80, Lobão relembra: “a gente era parado na estrada, nos aeroportos, porque o juiz falava que eu era considerado um mal social (…) Cheiravam muita cocaína (na prisão), o lugar era muito quente, um fedor… Falei: “chega de cocaína, vamos adotar o Rivotril”… Fui adotando medidas higiênicas, as pessoas foram ganhando ternura pela minha pessoa. Virei mascote, involuntariamente, do Comando Vermelho. Quando saí da cadeia os chefes me levaram pro morro. Tive aula de tiro”.

Questionado a respeito do cenário brasileiro atual, o convidado opina: “só creio na atomização do Brasil. Dividir o Brasil em umas 20 instâncias e cada um cuidar da sua vida”.

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