Duca Rachid e Thelma Guedes falam sobre rumores de fim da parceria no Donos da História: “Conseguimos resultado juntas”

Publicado em 30/06/2017

A parceria de sucesso de Duca Rachid e Thelma Guedes começou em 2006 com “O Profeta”, adaptação da novela homônima de Ivani Ribeiro. Na produção, elas contaram com o apoio de Júlio Fischer na autoria e com a supervisão de texto de Walcyr Carrasco. No episódio de “Donos da História” deste domingo, dia 2 de julho, às 18h30, Duca e Thelma recordam como a dupla começou e admitem: “Não deixamos nos levar pelo sucesso”.

Era só o começo da trajetória de Duca e Thelma juntas que, em 2014, foi consagrada com a conquista do Emmy de melhor telenovela para “Joia Rara” (2013). As duas também assinaram em parceria as tramas “Cama de Gato” (2009) e “Cordel Encantado” (2011). “O momento mais bonito é quando estamos criando. Não tem prazer, alegria e felicidade maior do que quando estamos fazendo aquilo, com paixão e energia”, comenta Thelma. “Acho que é o melhor momento!”, concorda Duca.

Durante o bate-papo, Thelma conta que elas sempre são questionadas se pensam em se separar. “As duas são alfas, né? Duas proativas, com muitas ideias. Temos que administrar isso para não invadir a outra, para ouvir”, explica. Duca completa: “É uma coisa muito intensa, que nunca tive com nenhuma pessoa. Foi um encontro mesmo. Para mim, é algo muito precioso, que faço questão de preservar. Sei que às vezes é desgastante o trabalho, mas novela é sempre desgastante. Passamos por poucas e boas. Mas, para mim, isso é uma coisa muito preciosa, porque temos uma sinergia. Conseguimos resultado trabalhando juntas. Acho que é uma coisa que deve ser preservada”.

Antes de trabalharem juntas, ambas já trilhavam suas trajetórias na televisão. A paulista Duca mantinha desde cedo o sonho de escrever roteiros e trabalhar no veículo. Durante uma jornada em Portugal, Duca entrou para o mundo da ficção e não saiu mais. O início da autora na Globo foi em 1999, como colaboradora de Walcyr Carrasco e Mário Teixeira em “O Cravo e a Rosa”. Em 2001, fez dobradinha com Walcyr na novela “A Padroeira”. No ano seguinte, Duca integrou o grupo de colaboradores de Emanuel Jacobina em “Coração de Estudante”.

Thelma também escolheu qual caminho profissional seguir desde a infância. A princípio, sonhava em ser atriz. Depois, se inspirou em Clarice Lispector e rumou para a carreira de escritora. Em 1997 lançou o primeiro livro de contos, Cidadela Ardente. Paralelamente, Thelma se dedicou a Oficina de Autores da Globo. Como roteirista, a carioca trabalhou no programa “Angel Mix” (1999). No mesmo ano, foi colaboradora de Walther Negrão na novela “Vila Madalena”. O primeiro encontro profissional entre Thelma e Walcyr aconteceu em 2002, com os episódios inéditos da nova versão do infantil “O Sítio do Picapau Amarelo”. No mesmo ano, Walcyr fez outro convite à parceira: Thelma substituiu Benedito Ruy Barbosa na novela “Esperança”. Os autores também trabalharam juntos nos folhetins “Chocolate com Pimenta” (2003) e “Alma Gêmea (2005).

“Não acredito em inovação da teledramaturgia, tirando da telenovela o que ela tem de sua estrutura. Isso é fundamental. Não adianta você querer fazer cinema dizendo que é TV. É importantíssimo você ter algo a dizer. Apresentar alguma coisa que o público nem sabia que queria ver”, diz Thelma. Duca continua: “A arte, assim como a política, tem que dar opções. A democracia é a opção. Acho que a arte tem esse papel libertário também. Tem essa questão do entretenimento, é um produto. E tem que manter. Mas acho que nisso a gente está junto, sim. Temos uma busca por fazer isso, por dar um pouquinho a mais”. Thelma é categórica e resume: “Temos verdade. Não fazemos número. Não temos máscara”. A dupla se abraça.

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