Percalço inesperado

Você se lembra? Além de Débora Falabella, outros atores se ausentaram de O Clone na época

Personagem importante, o Padre Matiolli surgiu devido a um imprevisto com Stênio Garcia

Publicado em 11/07/2020

Quem não acompanhou O Clone em sua exibição original na TV Globo, entre outubro de 2001 e junho de 2002, deve estranhar alguns sumiços de atores no decorrer da novela. Hoje, vamos relembrar aqui no Observatório da TV os motivos desses sumiços e como a autora os resolveu.

Quatro integrantes do elenco acabaram contraindo dengue durante o verão de 2002, época em que houve um surto da doença no País. Foram eles: Stênio Garcia (Tio Ali), Marcello Novaes (Xande), Elizângela (Noêmia) e Reginaldo Faria (Leônidas).

Curioso é que essa ausência forçada prejudicou um pouco o desenvolvimento pela autora de tramas importantes, como o conflito religioso e ético que o geneticista Albieri (Juca de Oliveira) sofria devido ao fato de ter feito um clone de Lucas (Murilo Benício).

Exatamente quando Albieri procuraria Ali para conversar com ele uma vez mais sobre a questão que movia sua vida, essa visão religiosa que tentava chamar o médico à razão teve que ser revista.

Tio Ali (Stênio Garcia) em O Clone
Tio Ali Stênio Garcia em O Clone ReproduçãoCanal Viva

Stênio se afastou das gravações por alguns dias e a solução foi fazer Tio Ali visitar amigos em Foz do Iguaçu, cidade com a maior colônia muçulmana no Brasil. Em 2013, quando fazia Salve Jorge, outra novela de Glória Perez, Stênio teve dengue novamente.

Para cumprir com as funções de contraponto religioso à atitude de Albieri na ausência de Stênio foi escalado Francisco Cuoco. Seu papel era o de Matiolli, um padre católico que, assim como Ali, conhecia Albieri desde a juventude, quando o cientista chegou a estudar para tornar-se ele também um padre.

Padre Matiolli (Francisco Cuoco) em O Clone
Padre Matiolli Francisco Cuoco em O Clone ReproduçãoTV Globo

As cenas de Lêonidas foram substituídas por outras com Lobato e Albieri na ausência de Reginaldo Faria. Elizângela e Marcello Novaes também ficaram um pouco sumidos por alguns dias. Dona Jura (Solange Couto) começou a aparecer citando precauções que todos deveriam tomar contra a dengue.

Ruth de Souza, que vivia Dona Mocinha, mãe de Deusa (Adriana Lessa) e, portanto, avó de Leo (também Murilo Benício), o clone, tinha mais de 80 anos na época da novela e se afastou temporariamente após sofrer uma crise de pressão.

Dona Mocinha (Ruth de Souza) em O Clone
Dona Mocinha Ruth de Souza em O Clone ReproduçãoCanal Viva

Léa Garcia foi chamada para viver Lola, irmã de Mocinha, e mesmo com a volta de Ruth continuou em cena. Era necessário que uma personagem mais velha soubesse de toda a história de Leo, desde seu nascimento, e na falta de Mocinha coube a Lola cumprir essa função.

Intérprete do psicanalista de Lobato (Osmar Prado), o ator Haylton Faria foi atingido com um canivete por um vizinho em maio de 2002. O vizinho se queixou a Haylton da alta frequência de visitantes do apartamento – Haylton é também psicólogo na vida real e atendia em casa.

Intérprete de Mel, uma das personagens mais lembradas da novela, Débora Falabella contraiu meningite virótica e teve que se afastar dos estúdios. A atriz gravou alguns áudios para serem inseridos em cenas e algumas sequências foram feitas no hospital em que ela estava, mostrando Mel internada após uma overdose de tóxicos.

Mel (Débora Falabella) em O Clone
Mel Débora Falabella em O Clone ReproduçãoTV Globo

No entanto, talvez o incidente mais lembrado seja a substituição temporária de Débora Falabella por sua irmã Cynthia Falabella no papel de Mel. Bastante parecida com Débora, Cynthia era mostrada de longe e com os cabelos disfarçando o rosto.

Ela fez as vezes da irmã durante sua recuperação. Posteriormente, a atriz ganhou uma personagem: Monique, a filha de Lobato, afastada do pai pelos mesmos problemas vividos por Mel, oriundos de vício em tóxicos.

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