Era uma vez uma jovem que, cheia de problemas financeiros, viu-se obrigada a dividir-se entre o trabalho como stripper em uma casa noturna e outro emprego como babá dos sete filhos de um milionário, por quem acabou se apaixonando. Essa história te soa familiar?
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Poderíamos estar falando de Meu Coração é Teu, novela mexicana que o SBT atualmente está levando ao ar no Brasil pela segunda vez. Mas não: essa é a sinopse de Ana e os Sete, série de apelo infanto-juvenil produzida em Portugal pela TVI e que fez a cabeça da audiência lusitana entre 2003 e 2004 – muito antes de a Televisa sonhar em produzir a atração importada por Silvio Santos.
Contada em 104 episódios, divididos em duas temporadas, o programa da ‘terrinha’ girava em torno de Ana Cruz (Alexandra Lencastre), similar europeu da Ana Leal (Silvia Navarro) que conhecemos das telas da Anhanguera. Ela encontrava um inesperado – e complicado – amor nos braços do banqueiro viúvo Henrique Vilar Coutinho, filial ‘portuga’ de Fernando Lascurain (Jorge Salinas). O personagem foi vivido lá pelo consagrado ator Virgílio Castelo, que, no Brasil, viveu o misterioso padre Dinis na novela Paixões Proibidas (2007), da Band.
De fato, as semelhanças entre Meu Coração é Teu e Ana e os Sete são muitas – porém nem de longe são mera coincidência. Ambas atrações são adaptações de Ana y los Siete (2002-2005), série espanhola de muito sucesso na década passada, que também chegou a ganhar refilmagens no Chile e na Itália.
Quase dez anos após o êxito da obra original, o produtor mexicano Juan Osorio pensou que o seriado semanal do velho continente poderia render uma bela comédia romântica em formato de telenovela, produzindo, assim, Meu Coração é Teu. Parece que ele acertou em cheio, não?
