Adaptação hispânica da minissérie de sucesso da TV Globo, Amores Roubados, escrita por George Moura e com direção de José Luiz Villamarim, a série O Fogo da Paixão estreia no Globoplay nesta terça-feira, dia 27.
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A história, livremente inspirada no livro A Emparedada da Rua Nova, escrito pelo jornalista e fundador da Academia Pernambucana de Letras, Carneiro Vilela, é protagonizada por Margarita Rosa de Francisco, conhecida no Brasil como a Gaivota de Café com Aroma de Mulher, exibida pelo SBT em 2001, 2005 e 2014.
No elenco, além de outros nomes conhecidos do universo latino como Carlos Ponce e Gaby Espino, está também o brasileiro Marcelo Serrado, que dá vida a Thiago, personagem interpretado por Thierry Tremouroux na versão brasileira.
Confira uma entrevista com George Moura:
– O Fogo da Paixão é uma adaptação em espanhol da sua minissérie Amores Roubados . O que você acha que torna a obra universal?
A série Amores Roubados (2014), em 10 capítulos, é uma livre adaptação de um romance ‘A Emparedada da Rua Nova’ do escritor pernambucano Carneiro Vilela (1846-1913), que originalmente foi publicado como folhetim semanal, num jornal do Recife, entre os anos de 1909 e 1912.
Só depois, a obra virou um livro, na verdade um calhamaço. É uma clássica história de um Don Juan, que ao se envolver com três mulheres, termina por se embrenhar numa trama vertiginosa de paixão e morte.
A ideia da adaptação foi deslocar a trama do século XIX para os dias atuais, preservando o tom do folhetim e usando o sertão do nordeste como espaço simbólico para falar dos conflitos entre o moderno e o arcaico.
Desejo, amor e morte são temas universais desde os primórdios da dramaturgia, já com o teatro grego.
– Aliás, como é ver uma obra ter tamanha repercussão e atingir diversos públicos?
É uma felicidade pode ver a estreia desta versão hispânica do ‘Amores Roubados’ agora no Globoplay. Quando fomos a Miami para o lançamento da série, ficamos impressionados com a força da produção e comunicação da história no público americano.
É bom para nós e para o país voltar a saber que o Brasil pode ser visível pela força da sua cultura e da sua arte e não apenas pelas chamas que destroem suas florestas.
– O que você achou da adaptação? Qual a principal diferença para Amores Roubados?
Jugar Con Fuego foi uma experiência inédita para todos nós. A supervisão do roteiro e a supervisão artística foi realizada por nós e tínhamos a palavra final sobre a série, junto a Tele Mundo.
Revisei todos os capítulos com reuniões periódicas em Miami e também na Colômbia, onde fomos acompanhar parte das filmagens.
– O que Amores Roubados, que também está no Globoplay, representa na sua carreira?
Foi um divisor de águas para todos nós que fizemos. Um desejo antigo, pois tinha lido o livro quando ainda morava no Recife nos anos 80. Quando esse sonho se realizou nos fez falar sobre o nordeste profundo e suas contradições tão brasileiras e atuais e também nos fez falar do Sertão, que é a geografia que tenho grande paixão. Afinal o sertão está dentro de nós, como dizia Guimarães Rosa.