Trama de Novo Mundo é apresentada em exposição sobre Leopoldina

Publicado em 14/02/2017

Convidados para uma viagem rumo ao século XIX, um grupo de jornalistas e historiadores fizeram uma visita guiada, nesta segunda-feira, dia 13, à exposição “Leopoldina, Princesa da Independência, das Artes e das Ciências”, no Museu de Arte do Rio (MAR), e puderam conhecer um pouco mais da história que será contada na próxima novela das seis, ‘Novo Mundo’. A trama é ambientada entre 1817 e 1822, período que antecede a independência do país.

Na chegada ao evento, os convidados foram recepcionados pelos autores Thereza Falcão e Alessandro Marson, que assinam uma novela pela primeira vez, pelo diretor artístico da novela, Vinicius Coimbra, e pelo consultor e historiador Francisco Vieira, que acompanha o trabalho da produção. Na sequência, todos percorreram a exposição, que celebra os 200 anos da vinda de Leopoldina para o Brasil, conduzidos pela consultora do museu e historiadora Nataraj Trinta.

Ao final da visita, eles foram surpreendidos pela atriz Letícia Colin caracterizada como Leopoldina, personagem interpretada por ela na trama. Com figurino assinado por Marie Salles e caracterização de Lucila Robirosa, a atriz emocionou a todos ao dar as boas vindas, com sotaque alemão, fruto das aulas de prosódia durante a preparação. Além disso, leu para todos um trecho de uma das cartas de Leopoldina destinada ao pai sobre a primeira impressão que teve ao chegar no Brasil. Empolgada com o novo trabalho, Letícia ressaltou a importância histórica de Leopoldina para a construção do Brasil independente e, emocionada, agradeceu aos autores e ao diretor por contarem mais uma versão da história da personagem para o Brasil. “Agradeço por escreverem sobre essa figura tão importante para a nossa história. E por me darem a oportunidade de ser a Leopoldina”, disse Letícia, com a voz embargada.

Em seguida, todos se reuniram no auditório do museu para um bate-papo sobre a obra. Durante a conversa, algumas fotografias da novela foram exibidas no telão do auditório. Segundo o diretor Vinicius Coimbra, a novela terá imagens que ainda não foram vistas na televisão brasileira. “Estamos orgulhosos com trabalho que vimos no set. A equipe é maravilhosa, e o elenco, muito talentoso. Estamos otimistas com a novela. A Nau, por exemplo, embarcação de 25 metros construída nos Estúdios Globo, é um projeto inédito da Globo”, ressaltou ele. Sobre a atriz Letícia Colin não faltaram elogios: “A Letícia veio pronta. A Leopoldina que ela criou é muito interessante, tão carismática. Ela trouxe uma composição tão bonita”.

Para a autora Thereza Falcão, a ideia de criar os protagonistas ficcionais Anna Millman (Isabelle Drummond) e Joaquim (Chay Suede), que na trama convivem com Leopoldina (Letícia Colin) e Dom Pedro I (Caio Castro) e se envolvem com o processo de independência, surgiu do desejo de falar sobre pessoas que não estão nos livros de história. “Queríamos falar de seres humanos que abrem mão dos seus desejos para um bem coletivo. A gente acha que é um período importante para o Brasil. Ele deixa de ser um reino para se tornar independente”, ressaltou ela. E o autor Alessandro Marson falou um pouco sobre a proposta de fazer uma aventura romântica. “Para ser aventura precisa de cenas de ação. Estamos em um grau de realização muito bom. Queríamos falar sobre o heroísmo. Alguém que se sacrifique pelo povo”, concluiu ele.

Já a atriz Letícia Colin não disfarçou a emoção de interpretar uma personagem que já conhecia da escola, mas que, ao longo das pesquisas a fez se apaixonar. “Eu sabia pouco sobre ela, mas tinha noção da importância dela para o Brasil. Ela se reinventou. Passou por cima de crenças profundas da realeza ao chegar ao Brasil e entender que seria necessário mudar. Eu amo a Leopoldina. Acho ela muito maravilhosa. Quero que as pessoas sintam o que eu sinto por ela”, falou.

Feliz por participar como consultor do projeto, o historiador Francisco Vieira destacou o período em que a trama acontece. “Quando Leopoldina chega já tem oito anos que a família real veio para o Brasil, que já era um reino unido a Portugal. O Rio de Janeiro que era colonial já tinha recebido um certo banho de uma civilidade europeia”, contextualiza.

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