
O ator Tony Ramos, de 75 anos, que atualmente interpreta Antônio La Selva na novela Terra e Paixão, relembrou a sua participação em Paraíso Tropical (2007) e fez um comparativo entre o seu personagem na trama de Walcyr Carrasco e o seu Antenor Cavalcanti na história de Gilberto Braga. Em entrevista ao gshow, o artista elogiou o entrosamento do elenco da novela exibida 16 anos atrás e enfatizou que será uma grande oportunidade para a nova geração conhecer a obra de Gilberto Braga durante a reprise do Vale a Pena Ver de Novo.
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“São várias lembranças… Primeiríssimo lugar, a de poder trabalhar com um grande texto do Gilberto Braga. A perfeita direção de Dennis Carvalho, bem-humorada, muito clara, transparente, de muita qualidade. O prazer de trabalhar com Wagner Moura, Vera Holtz, Otávio Müller, Fabinho Assunção. Há muitas outras pessoas que me são muito saudosas, como o Hugo Carvana, que fazia o pai de Antenor [Belisário Cavalcanti], e Yoná Magalhães [intérprete de Virgínia]. Tínhamos um elenco afinadíssimo, de muita experiência e que trabalhou junto com muita disposição. Tivemos também participações importantes como a de Maria Fernanda Cândido. Lembro que havia sempre uma intenção do Dennis de criar toda uma atmosfera que o texto já apresentava, mas ele, como diretor, criava uma outra ainda tão boa quanto o texto. Enfim, tudo funcionou muito bem”, refletiu o artista.
Tony Ramos também falou sobre a oportunidade de uma nova geração ter contato com o obra exibida originalmente em 2007 e destacou que se trata de uma das maiores novelas já feitas pela teledramaturgia brasileira.
“A característica mais espontânea da TV aberta é a sua democrática visualização, porque ela é totalmente de graça, um sinal na ponta de uma antena. Por isso, é uma emissora aberta e que hoje você sintoniza em qualquer ponto do país. Então é bonito ver de volta essa novela para uma geração que não assistiu. Imagine um jovem de 25 anos que à época tinha oito, nove anos de idade e agora pode rever ou pela primeira vez assistir. E afirmo: assistirá a uma grande e das maiores novelas da TV brasileira”, apontou ele.
Ainda na entrevista, o veterano fez um paralelo entre Antônio La Selva (Terra e Paixão) e Antenor Cavalcanti (Paraíso Tropical) e confessou que o vilão da história de Walcyr Carrasco foi um grande presente para a sua carreira na televisão.
“Os personagens Antônio La Selva e Antenor Cavalcanti são absolutamente díspares, muito distantes. É claro que a ambição nos dois é absoluta, são muito ambiciosos. Só que a ambição de Antenor era medida, ele não mandava matar, não tinha essa obsessão pelo poder da forma que o Antônio La Selva tem. Então, eles são bem diferentes, mas, ao mesmo tempo, são muito ricos como personagens. Para mim, como ator, ter feito Antenor em Paraíso Tropical e, agora, poder fazer o Antônio La Selva é um dos maiores momentos da minha vida, e isso eu sei andando na rua, no posto de gasolina, no aeroporto – outro dia eu entrei em um restaurante e as pessoas começaram a bater palma… São esses os fenômenos da TV aberta e uma bela personagem. Claro que o Antônio La Selva é um homem de um caráter absolutamente horroroso, é evidente, e eu tenho consciência disso [risos]. Mas como personagem para um ator desenvolver, sem dúvida, é um lindo presente que eu ganhei do Walcyr Carrasco”, completou Tony Ramos.