“Tinha certeza que não iria sair da prateleira de mulher bonita”, diz Juliana Paes sobre carreira

Publicado em 01/12/2017

Considerada a atriz do ano por conta da atuação em A Força do Querer, onde foi a Bibi Perigosa, Juliana Paes falou sobre o papel na novela de Gloria Perez e sobre a sua carreira.

Ela foi a entrevistada desta quinta-feira (30) do Conversa Com Bial, apresentado por Pedro Bial na Globo. Em dado momento, a conversa também teve Elizângela, que fez a mãe de Bibi, Aurora.

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Juliana começou dizendo que 2017 teve seu lado positivo, mas ela está exausta por tanto ter trabalhado: “Tanto pelo lado positivo, quanto pelo lado cansado. Eu tô exausta. Mas não é de stress, é físico, de ter trabalhado muito. Eu estou muito feliz por esse ano”.

A atriz comentou sobre Luiz Fernando Carvalho, diretor que a conduziu em Dois Irmãos e Meu Pedacinho de Chão na carreira. Pra Juliana, foi ele que a viu como uma atriz de verdade e não um símbolo sexual.

“Como eu não fui uma atriz que cheguei formada, eu fui aprendendo a fazer, isso me prejudicou bastante, e ainda tinha a questão de ser o tal símbolo sexual. E nisso, precisa ter alguém como o Luiz Fernando Carvalho que vê diferente. E o Luiz é o meu mestre, eu sou muito grata a ele”, afirmou.

Juliana diz ser grato para Luiz porque ela achava que não iria deixar o estigma de símbolo sexual, e que esse seu medo quase lhe tirou de Celebridade, novela de 2003 que será reprisada a partir deste mês nas tardes da Globo.

“Eu lembro de uma vez que me o Gilberto Braga para me fazer a Jackie Joy, e eu fiquei com medo, porque no primeiro capítulo eu ficava nua, e eu tinha certeza que não ia sair da prateleira de mulher bonita e só isso. Mas o Gilberto me convenceu, me falou da Marllyn Monroe, e disse: ‘Se é pra fazer a melhor gostosa da história, faça’. E eu fiz. A beleza abre portas, mas pra ficar nelas, o trabalho é dobrado. Eu sinto isso”, explicou.

Bial e Juliana começaram a falar sobre Bibi e Juliana comentou como foi o primeiro contato com a personagem: “Ela me disse que a personagem é uma bandida. E eu achei que ela era vilã. Eu pesquisei tudo sobre a Fabiana Escobar, e a Gloria Perez teve a licença pra fazer do jeito dela, teve o Caio. Eu achei que as pessoas iriam criticar, e até teve as criticas que diziam que colocamos glamour no crime, das quais não concordo”.

Juliana também afirmou como começou a sentir a repercussão do trabalho. Ela ficou tão assustada que ligou para a autora de A Força do Querer, Gloria Perez, para saber aquela relação era boa.

“Eu tive várias mães puxando a orelha. E quando isso acontece, as pessoas torcem e querem que ela mude. E eu liguei pra Gloria pra dizer que estavam me chamando de burra, de trouxa. E ela: ‘Está perfeito. É isso mesmo'”, contou.

Por fim, Juliana disse que as pessoas ainda não deixaram de chama-lá de Bibi Perigosa, e que Bibi é o personagem mais importante e que causou comoção em toda a sua carreira de quase 20 anos.

“As pessoas não deixam eu sair, ainda me chamam de Bibi (risos). Nessa comoção, nunca teve nada, realmente”, concluiu.

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