DONA JURA

Solange Couto destaca momentos emocionantes e curiosidades de O Clone: “Nunca imaginei”

Atriz revela como criou o bordão famoso 'Né brinquedo não'

Publicado em 28/09/2021

A partir do dia 4 de outubro, a Globo passa a exibir O Clone no Vale a Pena Ver de Novo. Por ora, a obra de Gloria Perez vai dividir a faixa com as emoções finais de Ti-ti-ti, e trará de volta personagens icônicos, como a Dona Jura, interpretada por Solange Couto.

Na história que ocorre entre Brasil e Marrocos, a atriz eternizou o bordão ‘Né brinquedo não’, criado por ela mesma durante o trânsito. Em entrevista, Solange relembra momentos marcantes das gravações e revela curiosidades de sua personagem. Acompanhe!

Entrevista com Solange Couto

O que sentiu quando soube que ‘O Clone’ iria ao ar novamente 20 anos após a exibição original?

Fiquei muito feliz, porque mesmo tendo passado 20 anos, no caso da minha personagem parece que foi ontem.

Quando começou a gravar a novela, você tinha alguma ideia do sucesso que sua personagem teria?

Não imaginava mesmo, e acredito que a Gloria Perez e o Jayme Monjardim (diretor) também não tinham essa dimensão. Dona Jura era para ser um personagem secundário e se tornou tão grande, um divisor de águas na minha carreira. Passei a ter uma popularidade que nunca imaginei.

Como foi a criação do bordão ‘Né brinquedo não”, que o público até hoje não esqueceu?

‘Né brinquedo não’ foi criação do pai do céu. Costumo conversar com Ele, e pedi que me inspirasse algo diferente, e Ele me fez falar isso de repente quando estava dirigindo.

Quais são as lembranças das participações no bar da Jura? Alguma foi mais especial?

Tenho inúmeras lembranças das participações. Algumas foram muito especiais: O Pelé, que foi o primeiro a ir, depois os campeões da seleção brasileira e o Sargentelli, que me mandou uma mensagem e eu pedi a Gloria para trazê-lo. Foi emocionante demais.

O que você recorda de todo o processo de construção da Dona Jura e como foi a preparação para interpretá-la?

A construção começou pelo figurino. O vestido que ela mais usava era cópia de um vestido meu, que pedi a figurinista Marília Carneiro para fazer e ela me atendeu. A faixa do cabelo eu também sugeri e as sandálias comprei e apresentei para aprovação. Não houve preparação maior para ela, até porque era pra ser um papel bem menor do que se tornou. Tive liberdade de fazer do meu jeito. Claro que com a aprovação da autora e da direção.

Como analisa a trajetória da personagem na trama, sua personalidade e seus conflitos?

É muito comum no subúrbio do Rio de Janeiro encontrar centenas de mulheres como ela, busquei as lembranças de infância e interpretei com suas dores, amor, atitudes, acho que daí veio a identificação que as pessoas tem com ela.

Qual foi o maior desafio desse trabalho?

Não caricaturar, não exagerar para ser autêntica.

Qual a principal lembrança que você tem do período de gravação da trama? Como eram os bastidores?

Eu amava dobrar a esquina da cidade cenográfica e gritar: Bom dia meu povo! E todos respondiam em coro. Era muito bom!

Até hoje o público fala desse trabalho com você? Como são essas abordagens?

Não teve até hoje um dia que alguém não fale o bordão ou me chame de Dona Jura (risos).

Você pretende assistir novamente à trama? É muito autocrítica ao rever um trabalho antigo?

Vou assistir sim, com certeza. Autocrítica não cabe mais.

Você guarda alguma recordação desse trabalho? E o famoso pastel, ainda tem a receita?

Tenho um vestido dela guardado e é uma linda recordação. Faço às vezes o pastel de camarão, a mesma receita!

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