Eternizado na pele do personagem Beiçola, no seriado A Grande Família, na TV Globo, recentemente reprisado nas tardes da emissora, Marcos Oliveira falou à jornalista Fernanda Lopes, do Notícias da TV, de Daniel Castro, sobre as dificuldades que vem enfrentando na carreira, principalmente após a pandemia do coronavírus.
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Em casa e sem trabalho, o ator contou que atualmente vivemos um descaso do governo para com a classe artística e reclamou da falta do que fazer. “Só saio pra ir ao mercado, fico em casa brincando de casinha, que é uma coisa insuportável. Tento fazer alguma coisa, mas a criatividade fica meio abalada, não consigo fazer nada, escrever nada.”
“É só, é ficar vendo televisão, jornalismo. É uma insegurança geral, não sei quando vai acabar”, desabafou o artista, que alegou que não sabe se é bom morrer ou continuar nessa pandemia.
Em relação ao governo federal, o ator não poupou suas críticas. “A gente é lixo pra esse governo que tá aí. O objetivo do governo é acabar com pobre, preto, homossexual e artista. Tá claro, tá na própria estrutura de ministérios horrorosos. Mas não votaram e elegeram ele (Bolsonaro)?“
“Agora a gente tem que aguentar a mediocridade, a burrice. Não sou de direita, não sou de esquerda, muito menos do centro. Eu não acredito nessa política, nessa democracia. A gente vai levando porque é a única coisa que tem, não tem outra opção“, ressaltou.
Nos últimos anos, Marcos usou as rede sociais para pedir emprego a outros astros. “Eu quero ter dignidade, eu quero é ter trabalho”, publicou na época o ator, que teve como último papel na Globo o Conde de Alcaluz, em Deus Salve o Rei.
Neste ano, ele integrou o elenco de O Dono do Lar, comédia do Multishow da qual faz parte do elenco fixo, e de Homens?, série de humor do Comedy Central disponível no Amazon Prime Video.