Roberto Cabrini mostra como está vítima de estupro coletivo um ano após acontecimento

Publicado em 15/07/2017

Com exclusividade, o Conexão Repórter deste domingo, 16 de julho, exibe o documentário especial “A Vítima”. Roberto Cabrini fica frente a frente com a jovem que foi vítima do pior caso de estupro coletivo já registrado no continente. Um ano e dois meses após denunciar ter sido violentada por 33 homens no Rio de Janeiro, a adolescente se reencontra com o jornalista que a entrevistou um dia após a longa noite de barbárie. O único a chegar no temido local do crime, o “Morro do Barão”. O longo silêncio finalmente é quebrado no momento em que ela completa dezoito anos, trazendo um depoimento impressionante e revelador. “Eu me sentia muito culpada. Hoje eu não me sinto mais assim, hoje eu sei que a culpa não é minha.”, afirma a vítima. Quando questionada a respeito da justiça, ela diz: “Não há o que a polícia fazer, vai fazer o que?! Vai trancar o Rio de Janeiro todo para achar essas pessoas?! Não existe, entendeu? E também não se sabe nem quem foi. Então, para mim, não há muito o que a polícia fazer. A polícia fez o que está na altura dela.”.

Cabrini mostra como está a vida da jovem, obrigada a permanecer escondida, e por que, após a denúncia, ela teve que abandonar tudo e deixar uma vida para trás, mostrando como ela tenta superar os traumas para reconstruir sua existência. O telespectador vai ver como ela e sua família convivem com as marcas do preconceito de uma sociedade muitas vezes machista, habituada em transferir a culpa da violência sexual para as mulheres, além de acompanhar como é a rotina da vítima com os pais e o filho de 4 anos. “Eu acho que força (para seguir adiante) não é só física. Também é emocional. E minha força emocional hoje em dia está muito forte, graças a Deus.”, afirma ela, que ainda consegue ver um lado bom em meio à dificuldade: “Eu comecei a dar valor pra quem me ama de verdade, porque eu estava ali me divertindo, mas ninguém queria o meu bem. Hoje eu sei que meu filho vai querer meu bem. Se acontecer alguma coisa ele vai estar comigo, minha mãe vai estar comigo. Eu comecei a dar valor pra quem está comigo, do meu lado.”

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