Neste domingo, 24/09, o Núcleo de Reportagens Especiais da Record TV chega à marca de mil documentários produzidos em 10 anos. O milésimo será exibido no Câmera Record deste domingo. O programa mostrará uma denúncia exclusiva de trabalho escravo no meio da floresta Amazônica.
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Pela primeira vez, uma equipe de televisão consegue chegar ao local em que uma população indígena descendente da etnia Baré chega a viver até seis meses dentro da selva na produção extrativista da piaçaba, fibra da Palmeira, usada na fabricação de vassouras. Os trabalhadores passam o dia inteiro dentro da floresta, carregam toras de até 90 kg por dia e acabam adquirindo dívidas com gerentes da produção, porque o custo para chegar até o local e a alimentação é muito alto. Sob condições extenuantes, o Ministério Público do Trabalho considera como trabalho análogo à escravidão.
O Núcleo foi formado em abril de 2007 pelo jornalista Rafael Gomide, a pedido do vice-presidente de Jornalismo, Douglas Tavolaro, e, na época, contava com 11 profissionais. Acreditava-se que não havia tempo e espaço suficiente nos telejornais do chamado “hardnews” para esmiuçar os assuntos e que esse era um desejo dos telespectadores. E a Record TV mostrou que era possível. Desde então, o grupo se dedica a produzir reportagens temáticas e bastante aprofundadas.
Hoje, o departamento possui 33 jornalistas que produzem documentários sobre os mais variados temas, inovando em estética, conceito, encaminhamentos, pautas, formatos de edição e captação de imagens.
Em 2007, o Núcleo passou a abastecer o Repórter Record, então comandado pelo jornalista Celso Freitas. Em 2008, começou a produzir as reportagens do Câmera Record, apresentado por Marcos Hummel. Em 2009, o quadro de jornalistas foi ampliado e o setor assumiu também “A Grande Reportagem”, exibida pelo Domingo Espetacular.
E em 2014, o Repórter Record Investigação, apresentado pelo jornalista Domingos Meirelles, foi criado e integrado ao projeto.
Ao longo destes pouco mais de 10 anos, o Núcleo de Reportagens Especiais ganhou 25 prêmios de jornalismo, dentre eles alguns dos mais importantes do Brasil e do mundo, como o Prêmio Rei de Espanha, em 2016, considerado o maior prêmio de jornalismo do mundo nas línguas espanhola e portuguesa. O Núcleo venceu ainda duas vezes prêmios importantes como o Esso, o Vladimir Herzog, o Petrobras, e do Ministério Público Federal do Trabalho e três vezes o prêmio América Latina de Direitos Humanos. A lista também inclui, por exemplo, os prêmio Embratel, Tim Lopes de Jornalismo Investigativo, Libero Badaró, da Confederação Nacional de Transportes e Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho), entre outros.