Futebol

Real Madrid e Barcelona disputam LaLiga neste domingo

Jogo acontece no Estádio Santiago Barnabéu

Publicado em 27/02/2020

O grande clássico entre Real Madrid e Barcelona enfim está de volta, colocando os dois grandes rivais frente a frente numa disputa que vale muito na briga pelo título espanhol da temporada 2019/2020 – e também no histórico geral de confrontos da LaLiga. Afinal, os dois lideram a tabela se classificação e possuem 72 vitórias na história do derby, além de 35 empates. O que torna a partida deste domingo (01/03) muito mais tensa e significativa para os dois clubes.

O primeiro “El Clássico” aconteceu em fevereiro de 1929, e terminou com vitória da equipe de Madrid, por 2-1, no antigo estádio Les Corts, em Barcelona. No entanto, a vingança do Barça não tardou, vindo logo no embate seguinte, triunfando por 1-0, em pleno estádio Real Madrid Chamartín – que ajudou bastante no primeiro título do Barcelona na LaLiga, ficando dois pontos à frente do grande rival.

E como essa briga pelo título nacional se tornou constante, a inevitável rivalidade logo se estabeleceu. O que ajudou ainda mais a acirrá-la foram episódios como os da temporada 1934/1935, que registrou duas das maiores goleadas da história do confronto: com o Barcelona vencendo por 5-0 em Les Corts, com o Real Madrid dando o troco em Chamartín, virando o duelo e goleando por nada menos que 8-2.

Ainda assim, a conexão entre as equipes permaneceu estreita. Principalmente quando os jogadores passaram livremente de um clube para outro, nos primeiros anos da LaLiga, como o lendário goleiro Ricardo Zamora e o atacante Pep Samitier, que atuaram por ambas as equipes nos primeiros anos do clássico. Ao longo dos anos, o lado futebolístico do derby esteve envolvido em fatores sociais e culturais, principalmente entre os torcedores das respectivas cidades. Muitos em Barcelona se identificaram com o nacionalismo catalão, enquanto o Real Madrid continuava orgulhoso de sua identidade espanhola.

Histórico de respeito

As coisas começaram a mudar no início da década de 1950, principalmente com o famoso “caso Alfredo Di Stéfano”, de 1953. Quando a estrela argentina estava prestes a ingressar no Barça antes de optar pelo Real Madrid, o que complicou a relação entre eles. Vale lembrar que Di Stéfano continua sendo o maior goleador dos Blancos na história do “El Clássico”, com seus 14 gols em 20 jogos, incluindo um doblete (quando o jogador marca dois gols em uma só partida) em uma vitória fora de casa por 5-3, em dezembro de 1960.

Mas, não para por aí. A história entre Real e Barça ainda conta com mais personagens marcantes: como a chegada de Johan Cruyff ao Camp Nou, em meados da década de 1970, contribuiu para o retorno do Barça ao topo – e até hoje se fala muito da atuação do holandês na vitória por 5-0 no clássico disputado no mesmo palco do jogo deste domingo (01/03), o Bernabéu, em fevereiro de 1974. Placar esse que foi repetido em 1994, agora com Cruyff como técnico blaugrana.

Isso, sem falar na surpreendente e controversa transferência do português Luis Figo no início de 2000, indo do Camp Nou diretamente para Santiago Bernabéu – alimentando, mais uma vez, a rivalidade entre os dois clubes. Algo que também aconteceu quando Pep Guardiola e José Mourinho se enfrentaram nos comandos de Barça e Real, respectivamente. Confronto esse que teve diversos altos e baixos, com os dois intercalando domínios. Se em 2010 os blaugrana foram impiedosos e voltaram a vencer os rivais por 5-0, logo no primeiro encontro entre eles; em abril de 2012, o gol de Cristiano Ronaldo praticamente selou o título merengue da LaLiga.

Atualmente, Lionel Messi, do Barça, é o maior goleador do clássico – com 18 gols em 26 jogos -, incluindo um famoso hat-trick no Bernabéu, em 2014. Uma peculiaridade dos últimos anos é que a equipe visitante geralmente obtém resultados positivos. O Barça, por exemplo, venceu nas últimas quatro visitas à capital, enquanto o 0-0 de dezembro passado significa que o os Blancos perderam apenas um dos últimos cinco jogos no Camp Nou.

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