Profissão Repórter mostra o drama dos recentes naufrágios brasileiros

Publicado em 06/09/2017

O fim de agosto foi sinônimo de tragédia para muitas famílias brasileiras que viram seus familiares serem vítimas da imprudência e da negligência em dois naufrágios, no Pará e na Bahia, quando 42 pessoas morreram. Diante de tudo isso, três equipes do Profissão Repórter se deslocaram para os dois Estados em busca de histórias de sobreviventes e do que, de fato, há por trás desses casos.

Nesta quarta-feira, dia 06, a repórter Monique Evelle, que é soteropolitana, mostra que chegou à Ilha de Itaparica quando algumas vítimas ainda estavam sendo retiradas do mar, enquanto outras já estavam sendo sepultadas. “Eu tinha acabado de entrar na redação, em São Paulo, quando me avisaram sobre o que havia acontecido e me mandaram para mostrar essas histórias. Passei em casa, peguei minha mala e fui”, explica a jovem, que nunca tinha presenciado uma situação como esta tão de perto. “Enterrar um menino de 6 meses, ver um corpo de um rapaz sendo resgatado… todas essas memórias ainda estão na minha cabeça”, conta.

Ao passar uma semana inteira na região, a repórter ficou próxima a muitas pessoas e conheceu, inclusive, Eduarda Radmila, uma sobrevivente que queria encontrar o homem que a resgatou. “No momento do encontro dos dois, até eu comecei a chorar muito, foi muito impressionante, tive de pedir para parar a gravação”, relata.

É na Bahia também que Caco Barcellos recolhe relatos e imagens de moradores locais que detalham a precariedade da embarcação, a falta de fiscalização e a demora no resgate das vítimas. O Ministério Público local já havia proposto ações contra a empresa responsável, mas a Marinha afirma que o barco que naufragou estava totalmente regular.

Outro palco de um naufrágio recente é o rio Xingu, no Pará. Ali, próximo ao município de Porto de Moz, Estevan Muniz retrata que também falta fiscalização nos terminais hidroviários, que são utilizados diariamente pela população local. “O transporte fluvial é muito comum em toda a região amazônica, então, o poder público diz que precisaria de mais investimento para conseguir ampliar a fiscalização”, explica Muniz.

O repórter conta ainda que, antes desse acidente, outros dois aconteceram no início de agosto. “Em um deles, no Rio Amazonas, nove pessoas estão desaparecidas até hoje, e as famílias estão cobrando para que a embarcação seja resgatada do fundo do rio. De Porto Moz, viajamos durante três horas e meia em uma lancha e, depois, mais nove horas de carro até Santarém, para poder contar essa história, que foi tão pouco mostrada na grande mídia”, reforça.

O Profissão Repórter desta quarta-feira, dia 6, vai ao ar após o especial Chacrinha, o Eterno Guerreiro.

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