Na tarde desta quarta-feira (13) virou assunto entre fãs do SBT, nas redes sociais, o uso — minimamente preguiçoso –, de uma chamada da novela mexicana Quando Me Apaixono reeditada por um popular perfil do Twitter, e, detalhe, com marca d’água pessoal. Material este, literalmente de segunda mão. “Fiquei surpreso e confesso que gostei”, comentou o @diariodenovelas ao descobrir.
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A divulgação da chamada gravada pelo internauta foi publicada pelo SBT, em sua página oficial no Facebook, a rede de maior engajamento do canal, onde se movimentam mais de 11.914.860 de seguidores.
Para os fãs, é claro, o ocorrido tornou-se motivo de comemoração, afinal, quem não quer divulgação gratuita no SBT, não é mesmo? Mas para o público que não sabe do que se trata e até mesmo para a imagem da própria emissora, essas atitudes além de empobrecer seu próprio conteúdo, também escancara a falta de atenção no setor, que não de hoje carece de melhor dedicação.
Não bastasse tamanha vergonha, o péssimo tratamento dado às aberturas de suas produções, enlatadas ou não, já de um tempo tornou-se motivo de reclamação do público na internet. Àquilo que deveria ser uma embalagem atrativa, o suspiro para o próximo bloco, virou um reboco muito do mal feito, sem qualquer cuidado e jogado no ar de maneira desleixada.
Com aberturas picotadas e imagens “roubadas” do Google, o SBT segue fazendo montagens porcas e vergonhosas das novelas da Televisa. Uma vez que elas comprovadamente representam a maior audiência entre todas as atrações da manhã-tarde, e são a alavanca para o que vem a seguir, talvez merecessem melhor atenção, ou que fossem definitivamente tiradas do ar, afinal, o que não faltam são alternativas para assisti-las completas.
O SBT deveria ser mais atencioso com o público consumidor de sua grade, afinal, é preciso amar muito a emissora para assistir determinadas atrações de tão baixo nível e qualidade como o Primeiro Impacto e Triturando. Aliás, sobre este último, tirando toda sua elogiável equipe de produção e apresentadores, tudo ali justifica a coça que diariamente o programa leva da Record TV.
O que parecia ser improvável, tornou-se uma lamentável realidade. O ano de 2007, considerado uma das piores crises pela qual o SBT já passou, é fichinha perto desta autodestruição pela qual a emissora vive. A baixa audiência é só um mero detalhe neste percurso na contramão que a emissora preferiu trilhar.
Enquanto Globo, Record TV e Band, mesmo com todas as dificuldades e estragos causados pela pandemia do Covid-19, ainda conseguem apresentar alguma uma ou outra novidade, o SBT vê a vida passar e não demonstra qualquer boa vontade, nem mesmo com o que tem em mãos. Mas o que esperar da emissora que se despediu do Chaves com uma vinheta de 15 segundos? Convenhamos, depois dessa nem o menino do barril talvez queira voltar pra lá.
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