Personagem de Marcos Pasquim não será mais gay em Babilônia

Publicado em 08/05/2015

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A Globo está fazendo várias alterações na trama de Babilônia, os baixos índices de audiência e a rejeição do público obrigaram os autores da novela a mudar o rumo de alguns personagens, entre eles Carlos Alberto, interpretado por Marcos Pasquim.

Inicialmente Carlos seria gay e teria um romance com o Ivan, personagem de Marcelo Mello Jr., agora, ele será hétero. Em entrevista ao UOL, o Marcos Pasquim diz que ainda não sabe sobre os rumos de seu personagem em Babilônia.

“Muitas coisas sobre a novela eu tenho lido na internet. Eu recebi os capítulos do acidente que a menina vai sofrer [Júlia, que vai se machucar no clube e ele precisará socorrer a criança, mas ao dirigir o carro de um outro professor, Carlos sofrerá uma crise do pânico] e só. O que vai acontecer com ele só os autores sabem. Mas estou preparado para qualquer coisa, o que vier”, afirma o ator.

No lugar de atração por homens, Carlos Alberto vai revelar um trauma do passado. Na sinopse original, o instrutor de saltos ornamentais seria um gay “sem sair do armário”, mas iria se apaixonar por pelo professor de slackline Ivan, personagem de Mello Jr e viver esse amor.

Nos próximos capítulos, Carlos Alberto vai revelar que matou sua mulher em um acidente de automóvel. O treinador foi apresentado desde o início como um homem separado, com uma ex-mulher que viveria em outra cidade. Os autores de Babilônia chegaram a escrever um diálogo dele com Helô (Carla Salle) revelando que nunca saiu com um homem. A cena estava prevista para ir ao ar na última segunda-feira (4), mas foi anulada.

“Eu acho que eu sou gay. No começo, nem sabia direito, acho que eu era muito novo pra entender. Eu sempre tive curiosidade, atração, mas não podia! Eu era atleta, todo o mundo treinava junto e viajava. Pra ninguém desconfiar, eu fingia e disfarçava. Eu fui campeão olímpico, famoso, imagina se todos soubessem? Ia ser um escândalo! Você não sabe como eu fiquei aliviado quando conheci uma mulher que eu gostei, aí casei logo e tive filho. O mundo era diferente naquela época! Agora, não que seja fácil, mas as pessoas aceitam mais”, diria ele à garota de programa, que a esta altura teria se tornado sua amiga.

Por não aceitar sua homossexualidade, ele também se entregaria à bebida e viveria de pileque, sendo repreendido constantemente pelo filho homofóbico. Nada disso foi ao ar, e um novo ingrediente será acrescentado ao enredo do personagem. Na semana que vem, a filha de Regina, Júlia (Sabrina Nonata), vai se machucar no clube e ele precisará socorrer a criança. Sem alternativa, o treinador terá de dirigir o carro de um outro professor. Diante do volante, ele terá uma crise de pânico.

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