Cinema é inspiração

Novo Mundo: Luana Tanaka relembra preparação para viver a misteriosa Miss Liu

Atriz confessou ter amado viver a falsa babá e falou sobre a reprise da novela das 18h

Publicado em 03/06/2020

Em Novo Mundo, novela de Thereza Falcão e Alessandro Marson que está no ar em edição especial, na TV Globo, Thomas Johnsn (Gabriel Braga Nunes) contrata Miss Liu (Luana Tanaka) para cuidar de Vitória, filha de Anna (Isabelle Drummond) e Joaquim (Chay Suede).

Na intenção de ter mais tempo com a esposa, o vilão conta, assim, com os serviços da chinesa misteriosa de sorriso largo e impecavelmente arrumada, que vira pessoa de confiança da professora.

O que ela não imagina é que um mistério envolve a vida da moça. Ela é uma pirata disfarçada, amante de Fred Sem Alma (Leopoldo Pacheco), e está infiltrada na mansão dos Johnson para encontrar o tesouro do pai de Anna (Isabelle Drummond).

Ao longo da trama, a chinesa começará a aparecer em cena sem o disfarce, mostrando as tatuagens e os cabelos longos. Ela vai sequestrar Vitória e surpreenderá ao lutar com a índia Jacira (Giullia Buscacio), além de participar do sequestro de Elvira Matamouros (Ingrid Guimarães).

Recentemente, a atriz Luana Tanaka posou para o fotógrafo Fábio Rocha, da TV Globo, via FaceTime, e em entrevista divulgada pelo jornal Extra e Notícias da TV, ela contou que precisou de quatro dias e o auxílio de dublês para gravar o duelo entre sua personagem e Jacira.

Cheia de acrobacias e efeitos especiais, a sequência foi inspirada nos filmes que se tornaram febre em Hollywood graças a artistas chineses como Jackie Chan e Jet Li.

Não foi a cena mais difícil, mas foi a que mais tive que me empenhar. Ensaiamos durante três ou quatro dias antes de filmar. Tive muito prazer em fazer”, disse.

Na trama das 18h, a babá de Vitória trancará Piatã (Rodrigo Simas) e Padre Olinto (Daniel Dantas) em um cômodo e vai travar uma batalha contra a guerreira indígena ao estilo dos longas de ação O Tigre e o Dragão (2000) e O Clã das Adagas Voadoras (2004).

A amante de Fred (Leopoldo Pacheco), aliás, foi inspirada em uma figura real: a corsária Madame Ching (1775-1844), que aterrorizou os oceanos Índico e Pacífico durante o século 19.

Acho que foi um grande passo ter um papel de origem asiática sem sotaque e com uma caracterização que foge completamente do estereótipo que a TV está habituada. Eu amei fazer a Miss Liu, foi um presente gigante, uma personagem que não se reduzia às suas origens”, analisou a atriz, que tem aproveitado o isolamento social para estudar, arrumar a casa e elaborar projetos para o futuro.

Acho que muitas coisas podem surgir de uma crise. É hora de repensar os caminhos, de estudar como podemos nos melhorar enquanto indivíduos e sociedade. Não dá mais pra gente ficar olhando só pro nosso umbigo”.

Luana Tanaka durante isolamento social
Luana Tanaka durante isolamento social (Foto: Fábio Rocha/TV Globo)

Luana contou também que tem recebido mensagens no Instagram das pessoas felizes pela volta da novela, dizendo que amam a Liu e aguardam o momento em que ela vai aparecer de pirata. “É muito legal receber esse carinho e ver que as pessoas viram e estão assistindo novamente”, revelou.

Em relação ao folhetim, Tanaka afirmou que a obra de Alessandro Marson e Thereza Falcão segue mais atual do que nunca três anos após sua estreia. “A trama conversa com temas muito importantes a serem colocados, a questão da escravidão, assim como o lugar dos negros, da mulher, a liberdade de expressão, coisas que parecem estar ameaçadas no momento em que estamos vivendo”, concluiu a artista.

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