Ana Maria Braga mostrou perspicácia ao apostar no boneco Louro José no Note e Anote, seu programa na Record TV na década de 1990. Criado para segurar a audiência herdada da programação infantil, a criatura interpretada por Tom Veiga, que faleceu neste domingo (01), fez muito sucesso. E encorajou outros programas a apostarem em “mascotes”.
Veja também:
Assim que Louro José foi ganhando mais espaço dentro do Note e Anote, disputando “pegadinhas” com Ana Maria Braga, o programa Ratinho Livre, também da Record TV, resolveu lançar seu próprio mascote. Surgiu Xaropinho, manipulado pelo ator Eduardo Mascarenhas. Inicialmente, Xaropinho seria um boneco licenciado por uma fábrica de brinquedos, mas Ratinho resolveu colocá-lo ao seu lado no programa. O boneco existe até hoje no Programa do Ratinho, do SBT.
Poucos se lembram, mas a direção do Note e Anote tentou apostar num novo mascote, depois da transferência de Ana Maria Braga e Louro José para a Globo, em 1999. Foi com o cachorro Uólli, fantoche criado para contracenar com Cátia Fonseca, que substituiu Ana na atração. No entanto, o novo mascote, que era manipulado por Marcos Lima, não funcionou e logo saiu de cena.
Enquanto isso, a Escolinha do Barulho, humorístico da Record, também teve seu fantoche. O macaco Kinho passou a frequentar as aulas, ao lado de consagrados personagens do humor, como Geraldo (Castrinho), Samuel Blaustein (Marcos Plonka) e Tiririca. Kinho chegou a fazer participações em outros programas da emissora, como o próprio Note e Anote.
Já no SBT, o Domingo Legal de Gugu Liberato também entrou na onda. O programa lançou Ed, um alienígena que aparecia num disco voador que ficava no canto do palco. O ET interagia com o apresentador, e até virou um boneco licenciado na época.
Depois disso, a moda dos bonecos nos programas de variedades foi diminuindo, e apenas Louro José e Xaropinho seguiram no ar. Foi apenas anos mais tarde que surgiu mais um boneco, o Guinho, que acompanhava a culinarista Palmirinha Onofre em seus programas.