Responsável por viver a Dulce, mãe de Laureta (Adriana Esteves), em Segundo Sol, Renata Sorrah declarou que a cabeça da personagem parou em 1970, após ter sido abandonada pelo marido e internada num sanatório.
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“Esse abandono e o fato de ter uma filha como Laureta a marcaram para sempre. Vejo Dulce como mais uma vítima de Laureta, que deixa a mãe morando sozinha na casa afastada onde viviam antes de tudo acontecer”, afirmou a atriz ao Folhapress.
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“Ela quase não a visita, e, quando aparece, só a trata com palavras grosseiras, não tem carinho, cuidado. Acredito que Dulce seja uma mulher desconexa para se defender: não quer enxergar quem é a filha. De vez em quando, ela tem flashes de realidade e diz coisas incríveis”, seguiu a artista.
A estrela aproveitou para elogiar o papel. “A vida da Dulce é triste, ela simplesmente vive e tenta que a filha fique por perto. O sonho dela é que Laureta vá morar de novo naquela casa. Ao mesmo tempo, Dulce é engraçada, leve, vive cuidando de suas galinhas, que trata como filhas. É um personagem muito interessante”, opinou Renata.
Doença?
Com relação ao distúrbio de Dulce, a famosa pontuou que não sabe se pode chamar de esquizofrenia. “A personagem não tem o raciocínio claro, mas, em alguns momentos, apresenta até muita lucidez. Dulce sofre nas mãos de Laureta e percebe a filha que tem, mas a ama. Apesar de tudo, ela vive a loucura de uma vida sozinha, abandonada pela filha”, refletiu Sorrah.
“Participar dos últimos capítulos de Segundo Sol me traz muita alegria e, ao mesmo tempo, é difícil entrar no final de uma novela potente como essa, com ótimos atores e direção. Aceitei o desafio e estou fazendo, muito feliz“, concluiu a atriz.