Morreu, na madrugada desta quinta-feira (7), em decorrência do novo coronavírus, a atriz e radialista Daisy Lúcidi. Aos 90 anos, ela acumulava em sua carreira na TV alguns papéis que foram apresentados a diferentes gerações.
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Na TV Globo, Daisy surgiu pela primeira vez em 1967, em uma participação na novela O Homem Proibido, também chamada de Demian, o Justiceiro, trama das 21h30, de Glória Magadan, baseada no conto infanto-juvenil Soliman, o Justiceiro.
Dois anos depois, a atriz, que na época já tinha quase 40 anos, viveu Liliane em Enquanto Houver Estrelas, novela de Mário Brasini, protagonizada por ele mesmo, na TV Tupi.
Em 1973, Daisy interpretou Norma em João da Silva, novela produzida pela TV Rio e exibida simultaneamente pela TV Cultura, pela TVE Brasil e pela TV Globo.
No ano seguinte, ela emplacou a partir de então três sucessos na Vênus Platinada que a deixaram marcada por aquela geração de telespectadores dos folhetins.
Em Supermanoela (1974), novela das 19h de Walther Negrão, Daisy deu vida a Maria Elvira, esposa do delegado Diógenes (Rubens de Falco), que se envolve amorosamente com o pernambucano Solano (Carlos Vereza), rapaz mais jovem que ela.
Em Bravo! (1975), novela de Janete Clair, concluída por Gilberto Braga, às 19h, a atriz interpretou Loreta Cardoso, a Lolô, pretendente de Edu Ribas (Carlos Eduardo Dolabella), quem disputou ao longo da trama com Miriam Serpa (Arlete Salles).
Às 22h, Daisy Lúcidi encerrou sua primeira fase na TV na pele de Alice Lins, personagem no 3º período de O Casarão, trama de Lauro César Muniz com direção geral de Daniel Filho.
Na história, Alice era filha de Carolina (Yara Côrtes). Com uma vida fútil e passiva, ela era condicionada às decisões do marido, Francisco (Fernando Villar), com quem tinha uma filha: Carolina (Renata Sorrah).
Com carreira sólida também enquanto radialista, Daisy ficou afastada por mais de 30 anos das telinhas e marcou seu retorno para uma nova geração. Em 2007, ela voltou ao elenco de uma novela em Paraíso Tropical.
No folhetim das 21h de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, a atriz deu vida a Iracema, mãe de Dinorá (Isabela Garcia). Síndica do edifício Copamar e dona de valores bastante convencionais, a personagem idolatrava a memória do marido falecido, um tenente do exército e vivia em pé de guerra com Virgínia Batista (Yoná Magalhães).
Três anos depois, Daisy voltou ao horário nobre para viver Valentina Miranda, a ‘velha porca’, avó de Clara (Mariana Ximenes), protagonista vilã de Passione, última novela de Silvio de Abreu para a faixa.
Com a imagem de boa senhora, a personagem escondia muitos segredos do passado e se mostrou ao longo da trama, uma pessoa de péssimo caráter. Interesseira, ela oferecia suas netas, Clara e Kelly (Carol Macedo) para qualquer homem que lhe ofertasse um bom dinheiro.
Ao final, revelou-se que ela abusou de Gerson (Marcello Anthony) quando ele era criança e é a responsável por seu trauma. Em 2014, Daisy fez uma participação especial em Geração Brasil, novela das 19h de Isabel de Oliveira e Felipe Miguez.
Na trama, ela encarnou Marlene, que com a parceira Madá (Lady Francisco), surgiram duas vezes ao longo da novela para visitarem a amiga Iracema (Aracy Balabanian).
O último trabalho da atriz nas novelas foi em 2015, em Babilônia, novela das 21h de Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga. Na história, Daisy interpretou Dulce, a secretária do prefeito Aderbal Pimenta (Marcos Palmeira). Funcionária pública de carreira, a idosa não queria se aposentar de jeito nenhum, pois adorava as emoções dos bastidores do poder.