Bruno Mazzeo anda em alta na telinha. Sucesso há quase cinco anos com a nova versão da Escolinha do Professor Raimundo, tanto no circuito fechado como aberto, ele agora experimenta um ‘plus’ desse êxito atual com a segunda temporada de Filhos da Pátria, que vem marcando bons índices de audiência para a Globo.
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O processo criativo da série estrelada por Fernanda Torres e Alexandre Nero, segundo o autor, foi dos mais interessantes. “A gente começou pesquisando a época. Aí fomos percebendo como é parecido com hoje em dia, como a história do Brasil se repete. Isso, como humoristas, nos ajuda muito, mas por outro lado é assustador. Um povo que não conhece a sua história está fadado a repeti-la“, acredita. “A coisa que acho mais bonita na comédia é quando ela consegue participar do debate da sociedade. Nada comunica mais diretamente do que a comédia. Ela desarma o outro pelo riso.”
Ter filtro na hora de escrever, aliás, não foi preocupação de Mazzeo e sua equipe. “É claro que tem sempre um bom senso, às vezes na redação a gente fala um horrores e percebe que não vai pegar muito bem… Mas tudo que a gente quis, que a gente acreditava, a gente colocou. Fomos muito ajudados pela realidade, infelizmente“, ironiza.
Vem mais por aí?
A atual temporada de Filhos da Pátria transportou para a década de 1930 os personagens que, no primeiro ano da série, o público viu aprontando todas em 1822. Em que época será que Mazzeo pretende inserir a família Bulhões na terceira parte do programa?
“Eu não posso falar qual vai ser o período. Até porque, em primeiro lugar, ainda não foi falado sobre isso, se a empresa tem interesse… E eu sei que o ano que vem não vou ter tempo de escrever. Mas já tenho na cabeça onde gostaria que fosse a terceira temporada“, despista, sem dar mais detalhes.