Publieditorial

Miss Trans Brasil, Gabriella Bueno sofre transfobia em hospital

A Miss diz que foi vítima de transfobia após realizar um exame

Publicado em 01/03/2022

Na sexta-feira (26), a Miss Trans Brasil Gabriella Bueno contou que procurou atendimento hospitalar para realizar um exame. A modelo, que já tem o nome retificado, se surpreendeu após receber a confirmação do cadastro por SMS com o gênero no masculino.

“A recepcionista me atendeu, pegou todos os meus dados, olhou nos meu olhos e viu que sou uma mulher e, mesmo com os documentos todos no feminino, ela colocou gênero masculino no cadastro do exame”, disse a Miss.

Print do cadastro no hospital, que registra Gabriella no gênero masculino
Print do cadastro no hospital que registra Gabriella no gênero masculino Arquivo PessoalGabriella Bueno

Gabriella revelou que episódios como esse são muito comuns em sua vida, mas que não fica calada, sempre dialoga. Porém, dessa vez foi cúmulo e ela teve que fazer uma denúncia na delegacia. A influencer registrou a denúncia no 156 e na Delegacia de Diversidade.

Boletim de Ocorrência do episódio de transfobia a Gabriella Bueno
Boletim de Ocorrência do episódio de transfobia a Gabriella Bueno Arquivo PessoalGabriella Bueno

Recentemente, no BBB 22, a cantora e atriz Linn da Quebrada, que é uma travesti, vem sofrendo diversos casos de transfobia dentro do reality. Nesta semana o brother Lucas Bissoli e Eslovênia se referiram à sister no masculino durante uma festa na casa. Além disso, a cantora também vem sofrendo com ataques transfóbicos fora da casa: o podcast Tarja Preta FM a chamou de “troço”.

A cantora e atriz Linn da Quebrada
A cantora e atriz Linn da Quebrada Divulgação

“Eu acho que tem que parar de chamar travesti de ela. Começa a chamar de ‘troço’ que aí ninguém vai reclamar. Se alguém me chamasse de ele, eu só iria falar assim: ‘Não, eu não sou ele’”, disse Bianca, durante o bate-papo com os colegas de bancada.

Os advogados de Linn foram à delegacia para prestar queixa do caso.

De acordo com o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), o crime de transfobia é equiparável ao racismo, sendo inafiançável. A pena varia de um a três anos, podendo chegar a cinco em casos mais graves. Conforme a decisão da Corte:

* “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito” em razão da orientação sexual da pessoa poderá ser considerado crime;
* a pena será de um a três anos, além de multa;
* se houver divulgação ampla de ato homofóbico em meios de comunicação, como publicação em rede social, a pena será de dois a cinco anos, além de multa;
* A aplicação da pena de racismo valerá até o Congresso Nacional aprovar uma lei sobre o tema.

*Conteúdo produzido e enviado por Joyce Silva

© 2024 Observatório da TV | Powered by Grupo Observatório
Site parceiro UOL
Publicidade