Miguel Falabella se emociona ao falar de Marília Pêra: “Eu escrevia o texto e quando ela falava, não parecia que eu tinha escrito”

Publicado em 24/10/2016

“Antes de entrar, estava lembrando quantas e quantas vezes já estive aqui”, afirma Miguel Falabella ao se acomodar no sofá de Jô Soares no Programa do Jô desta terça-feira, dia 25. Autor, ator, diretor e produtor são alguns dos ofícios do carioca, com paixão especial pelo teatro. Inspirado em um sucesso da Broadway, Falabella está em cartaz com a adaptação da comédia “God”, na qual interpreta Deus. Mas, apesar da veia humorística aflorada, o ator confessa dificuldade de “fazer graça” na vida real. Já em cena, sua maior dificuldade é chorar. “Em ‘Selva de Pedra’ (1986), fiquei 40 minutos tentando chorar em uma cena”, confessa, atribuindo a dificuldade ao seu olhar crítico, forte demais para dramas. Emocionado, Miguel também relembra momentos ao lado da amiga Marília Pêra. “Eu escrevia o texto e quando ela falava, não parecia que eu tinha escrito”, comenta, pela naturalidade da interpretação da atriz. Jô recorda de quando a dirigiu no teatro e destaca a alegria de Marília.

Filho de uma professora de literatura francesa da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), a infância de Falabella foi cercada de livros. Já do pai, ele acredita que herdou um pouco do jeito. “Às vezes, estava representando como Russo, de ‘Pé na Cova’, e parecia que eu ouvia meu pai falando”, confidencia ao apresentador. Pelo hábito, ele conta que acorda às 6h da manhã – aprecia o silêncio proporcionado pelo horário – e escreve o dia todo. Adepto da tecnologia, o computador facilitou na hora da criação, mas mesmo quando usava caneta e papel, nunca teve o hábito de descartar as suas histórias. Para ele, elas precisam repousar assim como massa de pão.

O Programa do Jô vai ao ar de segunda a sexta-feira, logo após o Jornal da Globo.

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