Entrevista

Maurício Manfrini explica sucesso de O Dono do Lar: “O público se identifica muito”

Humorístico estreia sua quarta temporada nesta segunda-feira (7)

Publicado em 05/06/2021

Nesta segunda (7), Américo (Maurício Manfrini) está de volta no Multishow com a nova temporada de O Dono do Lar. O programa vai ao ar de segunda a sexta, sempre às 22h30. Ary França, Estevam Nabote, JP Rufino, Lili Siqueira, Marcos Oliveira e Roberta Santiago seguem no elenco do programa, que terá 20 episódios sob direção de Silvio Guindane e produção da Floresta.

Nos episódios inéditos, o protagonista não esconde o incômodo depois que Doralice (Patricya Travassos), irmã de sua sogra, resolve iniciar uma reforma na casa dela, onde moram ele, a esposa, o cunhado, as crianças, além das visitas e ligações de seu tio Astolfo e seu pai Rodolfo. Para completar, a proprietária da casa não contrata ajudantes de pedreiro, somente o mestre de obras com quem assume um romance – o que pode atrasar a “benfeitoria” no lar da família.

“As pessoas que curtem o programa já sabem a forma que Américo se comporta com suas confusões durante os episódios. Pra piorar a situação, surge uma obra dentro de casa, que por sinal ele não tem nada a ver, já que essa é uma ideia da Doralice, e nela todos os dias tem andaimes espalhados, cada dia em um cômodo. Junto com ela vem o pedreiro Reginaldo que, ao invés de terminar a obra, começa a flertar com a Doralice. Ou seja, quando a gente achava que tudo ia se resolver, os problemas vão se multiplicando. E aí acaba que o Américo vai se tornando cada vez mais um verdadeiro dono do lar (só que não) já que ao invés de aprender parece que ele vai desaprendendo cada vez mais”, adianta Manfrini.

No programa de estreia, Doralice coloca em ação o plano de reformar a casa. O mestre de obras, Reginaldo (Willians Mezzacapa, em participação especial), é um garotão boa pinta, por quem a personagem de Patricya Travassos logo demonstra interesse. Ele ameaça roubar o protagonismo de Américo como o “dono do lar”. Além disso, Cris (Estevam Nabote) e Astolfo (Ary França) testam a eletricidade e uma parte elétrica do quintal pega fogo. Reginaldo é quem soluciona e o apaga.

Na entrevista abaixo, Maurício Manfrini fala da nova temporada de O Dono do Lar.

Quando o público pensa que Américo já se enrolou em confusões demais, vem uma obra na casa que nem é dele. O que esperar das atitudes do personagem nesta nova temporada?

O Américo é um completo sem noção e as pessoas que curtem o programa já sabem a forma que ele se comporta com suas confusões durante os episódios. Pra piorar a situação, surge uma obra dentro de casa, que por sinal ele não tem nada a ver, já que essa é uma ideia da Doralice, e nela todos os dias tem andaimes espalhados, cada dia em um cômodo. Junto com ela vem o pedreiro Reginaldo que, ao invés de terminar a obra, começa a flertar com a Doralice. Ou seja, quando a gente achava que tudo ia se resolver, os problemas vão se multiplicando. E aí acaba que o Américo vai se tornando cada vez mais um verdadeiro dono do lar (só que não) já que ao invés de aprender parece que ele vai desaprendendo cada vez mais.

Como é se reinventar a cada nova aventura que o humorístico traz nos episódios inéditos?

Se reinventar a cada episódio é uma necessidade. Em um programa de humor você tem que trazer elementos novos e não esquecer os antigos, aqueles que o público se acostuma que são os bordões, o jeito de falar… essa é uma condição natural que o ator vai inserindo na interpretação dos seus personagens. Na primeira temporada estávamos todos buscando os caminhos dos personagens e eles foram achados e se estabeleceram. Na segunda, tivemos que começar a trazer novas manias de cada um, novas formas de falar, novas formas de olhar e isso foi ficando cada vez mais forte. Já na terceira, isso começou a ficar automático. Naturalmente os atores e comediantes iam se entregando e entregando esses novos elementos. Na quarta temporada, com os protocolos de segurança que foram feitos com uma seriedade muito grande em decorrência da pandemia, os atores tiveram que superar obstáculos. Por conta do distanciamento, os ensaios eram remotos e a gente ensaiava e mexia no texto cada um de sua casa e só comparecia no estúdio pra gravar, o que poderia ter sido uma barreira, mas que bravamente foi superada e nos fizeram chegar em uma quarta temporada muito divertida, mais afinada e mais natural. Então temos aqui um humor natural e espontâneo, com muito mais entrega e dedicação de cada ator, uma questão de honra diante do momento que a gente tá passando.

Você acha que o público pode se identificar com as situações da nova temporada? Você destacaria alguma que pode ser mais comum nas famílias?

Desde o começo o público se identifica muito, né? Quem é que não tem cunhado folgado dentro de casa, um desempregado, uma sogra problemática, uma pessoa que não sabe fazer as coisas, uma criança que não liga para os estudos? Então naturalmente os episódios foram criados com essa identificação e nessa temporada tudo isso ficou mais evidente. E dá pra ver que o público sente falta porque quando chega temporada nova eles ficam enlouquecidos para ver um programa em que se identificam. O que posso dizer é que nessa quarta temporada a identificação com o público está muito mais forte, brilhante!

Quando você grava O Dono do Lar, vê semelhanças com histórias que você já viveu? Se sim, acredita que isso pode contribuir para a vivência do personagem?

Gravando O Dono do Lar não tem como fugir da semelhança do personagem com a minha vida pessoal, a vida do Maurício Manfrini, principalmente dentro de casa. O Américo não sabe cozinhar, lavar, passar, arrumar a casa, mas ele se propõe a fazer isso e é aí que está o problema: ele tem essa necessidade de fazer e resolver, só que ele não consegue fazer nada. Essa é a única diferença entre o Américo e o Maurício Manfrini, eu não tento fazer porque eu sei que eu não sei. Eu não sei arrumar a casa, não sei cozinhar, não domino os afazeres de casa, de resto é tudo um pouco parecido.

A personalidade do Américo traz alguma característica da sua personalidade fora de cena? Qual?

A característica do Américo é um pouco parecida com a minha no sentido de ser brincalhão, irônico, debochado. O ponto é que no Américo é muito mais em alto relevo, tudo é mais forte, mas eu tenho essa característica sim e isso facilita já que é só trazer um pouquinho do Maurício Manfrini pro personagem.

Como você vê o papel do humorístico na vida do público?

O Dono do Lar tem uma importância muito grande na vida do público que nesse momento está muito sensível. Nosso papel é suavizar e fazer as pessoas darem gargalhada porque quando isso acontece, naturalmente o psicológico dá uma relaxada, os músculos relaxam e rir faz bem né? Isso faz com que a pessoa se sinta melhor. Então o papel diante do público é esse: relaxar e proporcionar diversão, custe o que custar. Nas cenas a gente quer fazer o público se divertir para cumprir aquilo que a gente se propõe que é a diversão. Fazer o público ter diversão vem sendo cumprido com êxito muito grande porque nós temos um elenco muito entrosado e grandioso, isso dá pra perceber na maneira de se entregar a cada temporada.

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