O humorista e apresentador Marcelo Adnet foi o entrevistado do Roda Viva na edição desta segunda-feira (17). Ao programa da TV Cultura, ele falou abertamente sobre seu posicionamento político e defendeu as razões que o levam a defender o lado que escolheu para representar.
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“Me considero de esquerda, sem dúvida. Me considero progressista, mas não comunista. A palavra comunista ganhou um novo significado, mas o comunista que eu conheço, da União Soviética, não. Não sou comunista, nem nunca fui. Mas de esquerda sim“, declarou.
“É óbvio, você tem que ser de esquerda no Brasil. Como morar no Brasil e não ser de esquerda? Temos diferenças muito abissais. As políticas progressistas no Brasil são a única forma que faz sentido para diminuir as diferenças abissais em vez de largar a mão“, analisou o global.
Adnet também aproveitou o espaço para criticar a piada feita pelo colega Márvio Lúcio, o Carioca, com a figura do presidente Jair Bolsonaro, em março deste ano. Interpretando a paródia Bolsonabo no programa Domingo Espetacular, da Record TV, ele distribuiu banas para jornalistas.
“Eu não gosto desse tipo de humor. Quem estava sendo sacaneado? Nós, a imprensa, quem gostaria de ouvir da autoridade máxima uma colocação. Eu não achei graça, não acho isso bacana, porque você está fazendo humor junto do poder. Apontando o humor para baixo“, analisou Marcelo.
“Não foi sucesso, uma coisa bacana, embora o Carioca seja muito talentoso e faça imitações autorais impressionantes. Mas foi um episódio que que não achei graça, não faria, seja para um lado ou para outro, com quem quer que seja“, completou o apresentador do extinto Adnight.