Nos últimos anos, Letícia Colin se especializou em “roubar cenas”. Destacando-se a cada novo trabalho na teledramaturgia, a atriz também emprestou o seu brilho à Marylin em Cine Holliúdy. A série foi um sucesso em sua exibição no ano passado, e volta à tela da Globo nesta terça-feira (07), depois de Fina Estampa.
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Na atração, Marylin é a filha da primeira-dama de Pitombas, uma pequena cidade do interior do Brasil. Inicialmente deslumbrada e voluntariosa, ela se transforma ao começar a participar dos filmes criados por Francis, o dono do Cine Holliúdy.
Na entrevista abaixo, Letícia Colin fala sobre a personagem e comemora o retorno da série.
Como você recebeu a notícia da volta da série?
Eu recebi com profunda alegria e orgulho, porque eu aprendi demais nessa série que tanto tem a ensinar a gente sobre cultura, sobre o nosso país, nosso talentos, sobre humor e sobre o nordeste. Essa série ela traz muitos ensinamentos fundamentais para o nosso país. E é uma série para todas as idades, ela pode ser assistida em família. Cine Holliúdy demonstra o patrimônio da nossa cultura, da nossa regionalidade, das nossas características e das nossas diferenças.
Cine exalta as nossas diferenças e mostra como isso é lindo, rico e brilhante quando a gente olha para essas diferenças e a gente aprende e celebra elas. Cine também tem uma característica de falar sobre a cultura como produção da indústria. O Francis é esse cara que é do cinema, que luta pela manutenção e permanência do cinema. E o que a gente tem visto atualmente é uma completa incompreensão do tamanho da produção cinematográfica, teatral e cultural para o nosso país. Eu acho que vai ser um afago para gente pode rir e se emocionar juntos. Estamos precisando disso.
Pode falar um pouco sobre a Marylin?
A Marylin é uma personagem que é salva pela arte do cinema e ela descobre esse ofício que ela pode desenvolver atuando e interpretando. Ela começa a trabalhar, cresce, se desenvolve e evolui. E ela se diverte fazendo cinema. A gente vê na história a força resistente do cinema, o que é muito atual, apesar de a série se passar nos anos 1970. Eles fazem filmes independentes, com baixo orçamento, mas com muita criatividade. É uma personagem que vai descobrir o amor. Então, é muito bonito porque ela desabrocha como mulher e como pessoa. É uma personagem muito linda, bem humorada, intensa e forte.
Você acredita que a poesia e o humor tão presentes nessa produção podem ser um respiro em dias tão difíceis? Como você acha que o público vai receber a série?
Com certeza. O Brasil é muito potente, pois está representado pela sua criatividade e resistência. Acho que Cine tem essas características. E se passa nos anos 1970. Acho interessante ver aquela reconstrução estética, as vestimentas, os cabelos, a paleta de cores. Acho que isso é um riqueza para gente admirar. Eu acho que Cine Holliúdy traz esse bastidor que é tão saboroso de a gente curtir.
Você não era mãe quando gravou Cine Holliúdy. Acha que a maternidade faria você ter um outro olhar para a personagem?
Acho que sim! É uma experiência muito intensa ser mãe dentro de casa, mesmo que você não tenha um filho biológico, essa experiência de cuidar de alguém muito delicado e vulnerável, é um amor que vai se construindo. É um negócio arrebatador. Então, é uma experiência muito poderosa. Eu acho que estou muito diferente. Como sempre tem um pouco de mim em cada personagem, isso muda muito.
Como está sendo a sua quarentena?
Tenho cuidado do meu filho! Estamos nos dedicando aqui todo os dias para esse ser humano por quem eu tenho um respeito imenso, uma admiração, um orgulho. E é uma demanda louca! Estou pesquisando sobre alimentação, cozinhando as papinhas dele e brincando. Enfim, orando bastante, tenho praticado minha oração budista, porque é um momento que a gente precisa de toda força em prol da vida.
Então, estou me dedicando a isso para a superação dessa grande pandemia. Lendo quando dá, acompanhando as notícias com esse jornalismo que tem sido primoroso, principalmente, com o avanço da Covid-19, de como podemos nos proteger para não aumentar o número de mortes.
Cine Holliúdy é uma série de Marcio Wilson e Claudio Paiva, inspirada no longa-metragem homônimo escrito e dirigido por Halder Golmes. A direção artística é de Patricia Pedrosa e a direção de Halder Gomes e Renata Porto D’Ave.