Globo Repórter: Uma reflexão sobre uma geração hiperconectada

Publicado em 12/05/2017

Com a internet e a rápida evolução da tecnologia, muito se tem pensado e estudado sobre a hiperconexão. Ter o mundo ao alcance das mãos é prático e resolve muitos de nossos problemas. Mas também nos faz pensar sobre como e com o que estamos gastando o nosso tempo. O repórter Helter Duarte mergulha nessa discussão no ‘Globo Repórter’ desta sexta-feira, dia 12.

Ele mostra o caso da Lucélia, que perdeu o controle sobre a própria vida por causa do uso excessivo do celular. Aos 25 anos, perdeu o emprego, o marido e quase ficou sem os dois filhos pequenos. Precisou ser internada para se recuperar do vício, uma dependência cujos efeitos no cérebro são muito parecidos com os causados por drogas como a heroína ou a cocaína. Helter apresenta também a história do sr. Nilo, que aos 93 anos usa a tecnologia a seu favor, se comunicando com familiares e amigos sem excessos. Já a artista visual Ana tomou uma decisão radical: passar um ano sem acesso à internet e redes sociais para dar valor às relações com as pessoas. “Eu acredito no potencial da internet para muitas coisas mas não acho que ela substitui encontros físicos e outras relações que são importantes e que eu acho que estamos perdendo”, reflete a moça. Outro caso é o do casal Thais e Lincoln que, apesar de serem vizinhos, se conheceram através de um aplicativo de internet, e agora estão de casamento marcado.

O avanço rápido da tecnologia também já impacta os empregos em todo mundo. Uma pesquisa de uma consultoria internacional revela que metade dos empregos do mundo será ocupada por máquinas até 2055, por conta do avanço da robótica e da inteligência artificial. E a previsão é que o Brasil seja o quarto país mais afetado, com máquinas fazendo o trabalho de 54 milhões de pessoas, sobretudo na indústria, no comércio e no setor administrativo.

Mas há pessoas atentas a essa situação e que tiram proveito dela. É o caso do Tallis, de Carangola, no interior de Minas Gerais. Há seis anos, o empreendedor digital criou um aplicativo para chamar táxi pelo celular, usado por 17 milhões de pessoas. Ele vendeu a empresa, ganhou dinheiro e hoje é CEO global de uma empresa que está em mais de 20 países. Comanda uma equipe jovem em um escritório moderno, em São Paulo, e segue empreendendo. “Empreendedor é aquele cara maluco o suficiente pra acreditar na ideia e fazer ela acontecer”, conta.

O programa ainda ouve psicólogos e fisioterapeutas para falar sobre problemas de postura, olhos e até neurológicos que o uso excessivo dos aparelhos pode causar. “O pescoço vai perdendo o eixo, a musculatura vai ficando tensionada. E por essa região passam todas as veias e artérias importantes para irrigar o cérebro. Uma compressão muscular nessa região prejudica o fluxo sanguíneo, o que causa uma série de problemas na forma de pensar, de memória e até emocionais”, conta a fisioterapeuta Mariana King Pádua.

O ‘Globo Repórter’ vai ao ar na noite de sexta-feira, dia 12, depois de ‘A Força do Querer’.

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