Globo Repórter promove um passeio pela Baía de Todos os Santos, no litoral baiano

Publicado em 24/03/2017

O ‘Globo Repórter’ dessa semana mergulha na história da Baía de Todos os Santos, o paraíso que conquistou os primeiros colonizadores há mais de 500 anos e que abriu as portas do nosso país para o mundo. A maior baía do Brasil surgiu quando a África se separou da América do Sul, há 100 milhões de anos. Uma coprodução do ‘Globo Repórter’ com a Rede Bahia, afiliada da Globo, a reportagem é conduzida pelo repórter José Raimundo, que desembarca nas ilhas para conhecer todas as suas curiosidades e desvendar seus mistérios.

A Baía de Todos os Santos é formada por 56 ilhas de águas mansas e mornas, que se espalham por 1.200 km², um pedaço de mar quase do tamanho da cidade de São Paulo. O repórter presencia o espetáculo protagonizado pelas baleias jubarte. Essa é a última etapa de uma viagem feita pela espécie para fugir do frio da Antártica e não é á toa que elas se reproduzem no litoral baiano. O peixe mais consumido por baianos dessa região é a sardinha e o repórter descobre como os pescadores percebem a proximidade de um cardume da espécie. “Peixe cheira a melancia”, entrega o pescador. Na região, a sardinha não é vendida a peso, mas por medida. Um balde de 18 litros cheio, com 13 quilos, sai por R$ 20. “Em tempos de fartura, o preço despenca”, conta o repórter.

Sossego e trabalho são as receitas da longevidade para o povo da Bahia. Entre as personagens apresentadas pelo programa, está dona Cadu, de 96 anos, ceramista cujos artigos são vendidos em feiras livres. Ela trabalha todos os dias: passa o dia amassando barro para fazer panelas, pratos e frigideiras. “Chego às 5 horas da manhã e fico tão encafifada no trabalho que me esqueço do almoço”, conta, bem-humorada. Outra personagem do programa é dona Eurides, 102 anos. Começou a sambar aos 10 anos e segue dançando até hoje. “Fui criada dentro do samba e tenho pra mim que vou morrer numa roda de samba”, diz.

O repórter José Raimundo mostra ainda seu lado destemido ao visitar a Ilha do Medo, a menor ilha da Baía e a única que não é habitada, cheia de histórias mal assombradas. Chegar lá já é complicado: são duas horas de barco, partindo de Salvador. O repórter tem como guia o professor de história Denilson Miguel, que conhece bem a região. E ele entrega: “Meu pai e meu avô já saíram correndo daqui porque ouviram vozes, gritos, gemidos. Pescador não vem aqui, não”, diz o professor. Os dois vão a um velho casarão em ruínas, localizado bem no meio da ilha, que no século XIX servia de isolamento. “As pessoas que tinham doenças incuráveis nas ilhas eram trazidas para cá e aqui ficavam até morrer”, conta. “Talvez esses gritos e choros sejam as almas dessas pessoas, moribundos dos passados, que voltam para assombrar o lugar”, diz Denilson.

O ‘Globo Repórter’ vai ao ar na noite de sexta-feira, depois do ‘Big Brother Brasil’.

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