Globo Repórter: Histórias e curiosidades do santuário da padroeira do Brasil

Publicado em 05/10/2017

No dia 12 de outubro, milhares de brasileiros vão homenagear, mais uma vez, a santa padroeira do país. O ‘Globo Repórter’ desta sexta-feira, dia 6, mergulha nos bastidores do santuário de Nossa Senhora Aparecida, o maior dedicado a Maria em todo o mundo, para contar histórias de milagres e devoção. Há 300 anos, partes da imagem da santa foram encontradas no rio Paraíba do Sul por três pescadores. O que era um dia de trabalho ruim, se transformou em pescaria abundante. Teve início aí a devoção à Nossa Senhora ‘Aparecida’ das Águas.

Cerca de 12 milhões de pessoas vão ao santuário todos os anos e contam com uma grande estrutura. O estacionamento tem vagas para dois mil ônibus – o equivalente a toda a frota do transporte público de Porto Alegre; três mil para carros e 600 para motos. Mais de dois mil funcionários são responsáveis por áreas como estacionamento, limpeza, conservação e manutenção. O local também tem marcenaria, padaria, refeitório, almoxarifado e uma central de atendimento.

O local mais disputado é em frente ao painel de 37 metros de altura onde fica a imagem da santa. Em algumas épocas do ano, a fila de espera pode chegar a três horas. Para limpar essa e outras áreas alta da igreja, uma equipe usa táticas de rapel. O repórter Rogerio Correa acompanhou um dia de trabalho dos funcionários, além de mostrar curiosidades como a coroa de ouro com brilhantes da imagem mais concorrida da igreja. O acessório foi presente da Princesa Isabel, em 1884, em agradecimento por uma gravidez.

O programa também ouve fiéis que atribuem sua cura ao poder da santa. Bianca Teshima, do Mato Grosso do Sul, hoje com 15 anos, teve câncer duas vezes, a primeira, na coluna, aos 3 anos. O pai da jovem explica a devoção: “Carrego essa santa comigo desde que começou o tratamento. Quando ela entrou na UTI, a primeira coisa que fiz foi colocar a santa no meu quarto e acender uma vela. Disse que só apagaria no dia que Nossa Senhora devolvesse minha filha sem sequela”. Outro caso é o de D. Julia, de Foz do Iguaçu. Aos 15 anos, ela foi atingida por um raio e chegou a ser desenganada pelos médicos. Muito devota da santa, sua mãe pediu pela vida da filha. A visita ao Santuário para pagar a promessa foi a primeira de muitas. Hoje ela organiza excursões de ônibus para Aparecida e já visitou a basílica 634 vezes nos últimos 50 anos. Por isso, ganhou o apelido de ‘Rainha das Romarias’.

Mas o que dizem os médicos sobre tanta fé? O psiquiatra Frederico Leão, coordenador de um programa de Saúde, Espiritualidade e Religiosidade na USP, acredita que o sentimento é capaz de curar: “Tenho visto muitas evidencias disso. É uma força que tem o poder de influenciar no equilíbrio entre doença e saúde. O conceito de saúde não é mais só a ausência de doença, é o bem estar físico e psíquico social, e isso inclui a espiritualidade”.

O ‘Globo Repórter’ vai ao ar na noite de sexta-feira, dia 6, depois da novela ‘A Força do Querer’.

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