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Globo Repórter explora a natureza do litoral de Santa Catarina

Ricardo Von Dorff é o responsável pela reportagem

Publicado em 02/12/2021

O lugar onde vive um dos mamíferos mais raros do mundo, o menor golfinho do Brasil e o gigante dos mares, que chega a medir três metros e pesar 400 quilos. Histórias surpreendentes do litoral de Santa Catarina estão no Globo Repórter desta sexta-feira (3) uma coprodução com a afiliada da Globo no estado.

São 530 quilômetros de uma costa fascinante, paraíso da vida marinha com mais de 1.400 espécies.

Desde o início, nossa ideia com esse programa não era mostrar o litoral já conhecido de Santa Catarina, das praias badaladas. Queremos mostrar as raridades da natureza, aquilo que pouca gente sabe que temos e que é até difícil de ver. Esse programa fala muito da preservação da natureza do litoral catarinense, das suas espécies, dos seus biomas, seus ecossistemas e da preservação da cultura litorânea da pesca da tainha, do boto”, adianta o repórter Ricardo Von Dorff.

Pelo mar, a equipe sai de Florianópolis rumo ao Arquipélago Moleques do Sul, distante cerca de 10km da costa, em busca do preá-de-Moleques-do-Sul, um dos mamíferos mais raros do mundo. Estima-se que existam cerca de 50 animais desta espécie, que pesa pouco mais de meio quilo e mede cerca de 25 centímetros e precisa continuar isolada para que seja preservada.

O preá-de-Moleques-do-Sul é o mamífero mais raro do mundo no critério de distribuição geográfica. Ele é tão raro e a população tão pequena, que o local é considerado intangível. É parte do Parque Estadual do Tabuleiro, reserva da biosfera pela Unesco. Oito mil anos atrás essa ilha era unida ao continente. Quando o nível do mar subiu, virou uma ilha e os animais que estavam em cima ficaram isolados”, explica Von Dorff.

As toninhas e o peixe mero também estão no programa. Na Baía da Babitonga, a última área de manguezal de Santa Catarina, vivem cerca de 50 a 80 toninhas, o menor golfinho do Brasil. A espécie, que já foi considerada por pesquisadores a mais abundante dos litorais sul e sudeste do Brasil, hoje é a mais ameaçada de extinção. Por conta de seu comportamento tímido e discreto, é chamada por pesquisadores de “golfinho invisível”.

As toninhas são a menor espécie de golfinho do Brasil e a mais ameaçada. Elas vivem entre a Patagônia e o Espírito Santo e na Baía da Babitonga, em Santa Catarina, a única população da espécie em água fechada. Muitos biólogos só viram toninhas vivas por causa dessa população, que foi descoberta há 20 anos e vem sendo acompanhada e estudada pelo Projeto Toninhas. Estima-se uma população de 50 a 80 animais”, conta o repórter.

Em tocas dos costões rochosos e nos recifes de corais vive o “gigante dos oceanos”. O peixe mero, espécie que pode pesar até 400 quilos e medir até três metros de comprimento, também anda ameaçada de extinção. A estimativa é que nos últimos 65 anos, a população de meros foi reduzida em 80%.

O Globo Repórter vai ao ar na noite de sexta-feira, dia 3, logo após a novela Um Lugar ao Sol.

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