Denise Weinberg chegou aonde muita atriz de televisão almeja: foi indicada como melhor atriz ao Emmy Internacional por seu papel em Psi, série da HBO.
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No entanto, a artista não enxerga esse mérito como uma forma de se lançar mais profundamente para a teledramaturgia. Aos 62 anos ela assumiu em entrevista ao Notícias da TV que fazer novelas não é a sua praia.
“Para mim, fazer novela é tempo perdido”, desabafa, revelando que prefere os palcos. Denise integrou o grupo Tapa, um dos mais tradicionais do teatro brasileiro, por cerca de 20 anos e o amor por tal arte permanece.
“Meu lugar é o teatro, é lá que eu consigo trabalhar legal. Se eu fechar contrato para uma novela no Rio, vou ter que passar pelo menos um ano lá, e aí não consigo fazer teatro em São Paulo”.
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Na entrevista, a atriz justifica a sua predileção pelo teatro e a abertura para produções mais curtas, como séries, por exemplo.
“Eu gosto de fazer um trabalho mais detalhado, de saber o arco da personagem do início ao fim. Em minisséries, o ator começa o trabalho sabendo como vai terminar. Novela é obra aberta, você não faz ideia. Se a audiência cai, se o público não gosta, muda tudo. Num dia você é bonzinho, no outro mauzinho. Isso me frustra”, explica.
A indicada ao Emmy diz saber que o trabalho em novelas dá muito mais retorno, porém, realmente não é algo que a faz ter brilho nos olhos.
“Eu é que sou esquisita mesmo, e sei que pago um preço alto por isso. Mas eu sou muito focada no ofício de atriz, no trabalho mais artesanal. E sinto que na TV não dá tempo de fazer isso, é um trem expresso, uma coisa meio pizza, sabe?”, filosofa. “Para ser bem sincera, eu nem vejo televisão”, revela.
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Antes do Emmy, Denise já fez trabalhos na Globo
A saber, a preferência pelo teatro não deixa o portfólio da atriz sem trabalhos em teledramaturgias. Afinal, a série Psi foi um exemplo de que a TV pode render bons frutos a ela.
Além disso, Denise já atuou em produções da Globo. Ela esteve nas minisséries Maysa – Quando Fala o Coração (2009) e Dalva & Herivelto (2010), bem como nas séries A Teia (2014) e em Assédio, deste ano, que está sendo veiculada na GloboPlay. “Eram papéis interessantes, um trabalho muito bem feito, com certo cuidado”, relembra.
Quanto às novelas, ela aceitou o papel em uma somente, Amor Eterno Amor (2012). “E eu só fiz porque o Papinha [o diretor Rogério Gomes] me disse que era uma participação, que ela supostamente morreria no início e só voltaria no fim”, conta Denise.
Na novela de Elizabeth Jhin, mesma autora de Espelho da Vida, ela interpretou Angélica, mãe de criação do protagonista Rodrigo, papel de Gabriel Braga Nunes.