Sem papas na língua

Fábio Porchat culpa aliados de Bolsonaro por atentado ao Porta dos Fundos: “Milicianos da fé”

Humorista participou nesta segunda do programa Roda Viva

Publicado em 22/12/2020

O humorista e apresentador Fábio Porchat foi o convidado de hoje (segunda-feira, 21) do programa Roda Viva, da TV Cultura. Em meio à longa sabatina, ele falou sobre um episódio polêmico que marcou a trajetória da trupe Porta dos Fundos, da qual é um dos idealizadores, no ano passado

Questionado pela jornalista Rosana Hermann a respeito do atentado contra a sede do grupo de humor, Porchat foi enfático: “O que ficou muito claro e muito evidente depois de um ano, vendo o que aconteceu, é que foi um ato isolado de fundamentalistas, de gente que é muito incentivada a ‘justiciamento’ – porque são milicianos, se aliaram a milicianos da fé.

Incentivados e apoiados por um governo que gosta da milicidade, gosta de agredir, de atacar, de mandar jornalista calar a boca, de xingar o outro. De rir, de humilhar, que falar que você não merece ser estuprada. É esse governo que fez com que saíssem dos bueiros ratos, baratas e outros bichos escrotos, que saíram e se sentem à vontade pra fazer isso“, prosseguiu, numa clara referência ao governo Jair Bolsonaro e a seus simpatizantes.

Fábio Porchat defendeu que o autor do atentado e seus simpatizantes teriam se ofendido com o especial de Natal produzido pelo Porta dos Fundos para a Netflix, intitulado A Primeira Tentação de Cristo, por representar Jesus como homossexual.

O problema do especial de Natal foi a homofobia. Essa bomba diz muito mais a respeito de quem jogou a bomba que de quem recebeu. São pessoas que não concebem que Jesus é amor. Jesus não é bomba“, declarou ele, que hoje apresenta na TV paga o programa Que História é Essa, Porchat?.

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