entrevista

“Eu nunca senti tanta vergonha do país quanto agora”, revela Jorge da Cunha Lima no Persona

A atração mostra a história, o engajamento político e a atuação na comunicação do convidado

Publicado em 16/10/2021

Neste domingo (17/10), o Persona recebe Jorge da Cunha Lima, um poeta múltiplo que já transitou pelo jornalismo, publicidade, política e gestão cultural. A edição comandada por Chris Maksud e Atílio Bari adentra a história do convidado, seu engajamento político e atuação na comunicação. Na TV Cultura, o programa vai ao ar a partir das 21h

De início, a conversa retoma momentos da infância de Jorge e seu ingresso na educação. Ele elogia sua formação primária e logo engata no surgimento da poesia em sua vida. Na mesma época, final da Segunda Guerra Mundial, já no colégio, Jorge comenta que o ambiente também deu início à presença política em sua vida devido ao patriotismo do momento.

Além de compartilhar sobre seu ingresso na faculdade de direito, a conversa toca em seus trabalhos escritos. Romanticamente político e politicamente romântico, Jorge pontua ao falar sobre seu livro “Mão de Obra”: “É difícil uma grande política sem um pouco de romantismo. Porque o romantismo é a versão popular do amor e quando a política não se coaduna afetivamente com os problemas é um desastre”.

O papo ainda toca sua experiência de dirigir um dos jornais mais importantes de São Paulo às vésperas da ditadura militar, esteve no comando do jornal A Última Hora junto de Samuel Wainer. O convidado relata também a importância da comunicação em sua vida e o valor público que se deve ter. Ele compartilha de sua paixão pela televisão pública e relata a importância da mesma na formação da cidadania.

Dentre as diversas áreas tocadas durante a edição, Cunha Lima não perde o espaço de se posicionar frente ao momento e governo atual. “Eu nunca senti tanta vergonha do país quanto agora”, comenta. O jornalista pontua a falta de respeito para com o ser humano, nação e os destinos de milhares de famílias. Com indignação em sua voz, questiona a indiferença diante a fome, inflação e o descumprimento da salvação da natureza.

Por fim, a conversa não deixa de lado a importância de Jorge da Cunha Lima na história da TV Cultura e do comando da emissora pública na vida do convidado. Entre 1995 e 2004, ele assumia as rédeas da televisão e, durante a edição, comenta com zelo sobre a experiência.

O Persona conta com depoimentos de Helena Carvalhosa, José Celso Martinez Corrêa, Ricardo Ohtake, Arnaldo Jabor, Tadeu Jungle e Jayme Serva.

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