Empresa se recusa a pagar R$ 21 milhões para continuar com sessão de filmes na Globo

Publicado em 17/06/2019

A empresa Unilever, dona da marca de produtos higiênicos Rexona, se recusou a continuar com a Festival Rexona de Cinema, que ficou em cartaz no mês de maio na Globo. A emissora queria R$ 21,2 milhões até o fim do ano para continuar com o projeto. Sem sucesso, estreou a sessão Cinemaço. Porém, a emissora carioca ainda procura uma nova patrocinadora.

O Observatório da Televisão apurou que a Unilever achou o valor alto, e tentou negociar um valor mais em conta. Para a empresa, a sessão foi bem sucedida. Além da sessão dar bom Ibope para o horário em que era exibido, cerca de 7 pontos de audiência, os comerciais em horários importantes da TV eram importantes.

O problema foi justamente o valor alto. A crise financeira no país fez a empresa deixar de investir. Mas a Globo não desistiu. A rede ainda procura um outro anunciante disposto a ter uma sessão de cinema no horário. A Globo promete vantagens para o parceiro e está disposta a negociar as cifras.

Todavia, algumas empresas consultadas já não demonstraram interesse. A Globo vê cada vez mais um mercado comercial retraído, por causa da crise econômica. Nos últimos anos, a Globo viu seu faturamento cair. Além disso, tomou medidas para economizar, como não renovação de contratos por altos valores e redução de vencimentos com grandes estrelas.

Contudo, vale lembrar que a emissora tem explicado que a queda de lucro é por conta dos investimentos no Globoplay. A plataforma de streaming está investindo em produções próprias e em conteúdo premium. A Globo espera ter um retorno a partir deste ano, quando os investimentos já estarão consolidados.

Festival Rexona de Cinema

O Festival Rexona de Cinema exibiu filmes de ação e aventura, como As Panteras: Detonando (2003). Sem investimento de uma merca, a Globo criou a sessão Cinemaço. Nela, vai manter a pegada de exibir grandes blockbusters. Já foram mostrados sucessos como O Sexto Sentido (1999).

O Ibope da sessão subiu os números do horário. Além disso, fez a Globo retirar do ar a clássica Sessão de Gala, no ar desde os anos 70.

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