
Com a pandemia da covid-19, os auditórios foram “banidos” da televisão. Os programas que contavam com a presença do público nas gravações retiraram a plateia de cena, ou recorreram à “plateia virtual”. Neste caso, o público acompanha a gravação dos programas em tempo real, mas de casa, por videochamada.
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Na Globo, programas como Caldeirão do Huck e Domingão do Faustão fazem uso do recurso. Porém, a ideia não é exatamente nova. Há 19 anos, um programa da Globo já usava do artifício em suas gravações: o Sociedade Anônima, apresentado por Cazé Peçanha nas noites de domingo.
Sociedade Anônima estreou em abril de 2001 na Globo, e teve somente nove edições. A proposta do programa era promover “a celebração do anônimo”, entrevistando pessoas “comuns”. Além disso, a atração promovia um game no qual os participantes eram testados a atuar na TV, fazendo as vezes de moço do tempo, repórter ou outras funções televisivas.
E o programa, além da plateia “real”, contava com uma plateia virtual. No telão da atração, eram mostrados os rostos de internautas que acompanhavam a gravação. Além disso, totens com monitores apareciam espalhados em meio à plateia real, também projetando rostos de internautas. Cazé conversava com o público da webcam, que podia opinar sobre os assuntos do programa e avaliar os participantes dos games.
Anos depois, o mesmo Cazé usou recurso semelhante na antiga MTV Brasil. Em 2004, o apresentador comandava o Buzzina MTV, no qual promovia debates sobre vários temas. E todos os participantes da conversa interagiam com Cazé por meio de videochamadas.