TORRES GÊMEAS

Edney Silvestre recorda detalhes da cobertura do 11 de setembro: “Ninguém esquece o horror

Ele foi um dos primeiros repórteres a chegar no local

Publicado em 11/09/2021

Há 20 anos, o mundo presenciou o pior atentado da história dos Estados Unidos. E o jornalista Edney Silvestre foi um dos primeiros repórteres da televisão brasileira a chegar ao World Trade Center naquele 11 de setembro.

Em entrevista ao UOL, ele relembrou o ataque contra as torres gêmeas, em Nova York. “Ninguém esquece o horror, mesmo sem saber a extensão dele. O que eu tinha certeza é que nenhum voo era permitido sobre a ilha de Manhattan, nem de aviões pequenos de treino. Fiquei perplexo. Sabia que não podia ter sido um acidente. Mas… terrorismo? Era difícil de acreditar”, avaliou.

Para Silvestre, o momento lhe trouxe a certeza de que o ataque “iria alterar profundamente as noções de guerra e paz conhecidas até então”. E lamentou: “Creio que todos, naquele mesmo dia, tinham compreendido que o século XXI não seria um “Século de Paz e Progresso”, como sonhavam muitos. Naquele 11 de setembro é que começou, verdadeiramente, o Século XXI. Nosso amargo e violento Século XXI”.

E, após produzir o conteúdo que iria ao ar na Globo, ele refletiu sobre o ocorrido. “Quando subi as escadas do metrô, lá pelo fim da noite, depois de todas as reportagens terem ido ao ar, saí na Sétima Avenida e, ao fundo, não havia mais a visão que tive naqueles dez anos morando ali: as torres tinham sumido. Só havia fumaça no lugar delas. Na calçada do Hospital Saint Vincent, à esquerda da saída do metrô, fileiras com dezenas de macas e equipes médicas aguardavam a chegada dos feridos. Mas não havia feridos. Fui para meu apartamento, sentei-me e, só então, chorei”, encerrou.

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