A atriz Drica Moraes fez um balanço de sua carreira em conversa com a colunista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo. Aos 50 anos de idade, ela falou sobre a tendência de diminuição de papéis com o avançar do amadurecimento.
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“É uma cafonice mesmo, uma falta de criatividade dos autores”, disse ela. “Creio que esse encolhimento da dramaturgia acontece porque teoricamente a mulher já deu os grandes passos da vida, que é ter filho, que é estar no auge da sua libido, da sua capacidade de trabalho. Mas, na verdade, tem um mundo de coisas interessantes que acontecem com uma mulher depois dos 50”, acrescentou.
A artista também fez críticas ao governo de Jair Bolsonaro e a forma como a cultura é tratada. “Nós, artistas, temos sido violentados, usurpados, maculados. O incêndio da Cinemateca faz parte de um desmonte de um desses pilares de sustentação da identidade do Brasil, que é a cultura”, desabafou.
“Os teatros estão sendo fechados, abandonados. Se não é descaso, é projeto de destruição”, avaliou ela. “O que está aí no governo, pelo menos a mim, não me representa mesmo. E eu realmente desejo que esse senhor saia da Presidência e que a gente possa viver um outro Brasil”, criticou Drica Moraes.