Doce, ingênua e ambiciosa: Celeste tem tudo para chamar a atenção de Abel Zebu em Vade Retro

Publicado em 12/04/2017

O jeito de menina resistiu ao tempo e ainda se faz presente no perfil da agora adulta Celeste (Monica Iozzi), uma moça de classe média, advogada, com uma relação estável e uma vida sem sobressaltos. Do tipo que acredita no labo bom do ser humano até que se prove o contrário, ela tem um andar despretensioso, meio doce, meio atrapalhado. Carrega ainda um pouco da inocência e da timidez daquela garotinha que, aos 2 anos de idade, foi beijada pelo Papa João Paulo II, na visita do Pontífice ao Brasil. Proeza conquistada pela mãe, Leda (Cecília Homem de Mello), que conseguiu fazer com que a filha se destacasse em meio à multidão e conquistasse muitas capas de jornal. Para Leda, um orgulho. Para Celeste, esta é uma história que a deixa encabulada sempre que o assunto vem à tona, nos momentos mais inapropriados.

Hoje, Celeste passa por um momento que não é lá dos melhores. Enfrentando uma crise no escritório de advocacia que não tem clientes, ela ainda tem de aguentar a mãe hospedada em sua casa, por um período maior do que o previsto. Nem o relacionamento com o namorado, Davi (Juliano Cazarré), traz suspiros à moça. Mas a chegada de um ser praticamente diabólico – humano ou sobrenatural? – tem tudo para chacoalhar sua vida.

O poder e os pequenos prazeres apresentados por Abel Zebu (Tony Ramos), empresário um tanto inescrupuloso que não se preocupa em esconder sua metodologia nada política de conseguir o que quer, atiçam Celeste, que sucumbe e aceita ser sua advogada no processo de divórcio do milionário. O dia a dia perto deste homem se mostra um tanto diferente, às vezes até meio misterioso. Ignorando um desvio de conduta ou outro do cliente, Celeste passa a gostar dessa nova fase em sua vida. “Para falar de maneira geral, a Celeste é uma pessoa boa, tem valores, tem ética, mas é ambiciosa. A grande questão é o quanto a gente cede às tentações da vida. Por mais que seja correta e generosa, ela acaba se perdendo. Às vezes, a vaidade cega”, comenta Monica Iozzi sobre sua primeira protagonista na televisão.

Enquanto tenta impressionar o único cliente do escritório, Celeste passa por apuros hilários ao lado de pessoas que pretendem ajudá-la ou apenas pegar uma carona nesse momento. Com toda sua devoção religiosa, a mãe da advogada tem conhecimento para afastar qualquer coisa ruim, mas ainda não consegue usar um microondas. Além disso, tem habilidade zero para manter segredos. O namorado, Davi, embora irritado com a presença da sogra na casa da namorada, encontra nela uma aliada para provar que Abel é muito mais que um sujeito sem ética ou que está tentando esconder outra personalidade.

Bonito, mas bastante atrapalhado, Davi bem que tenta ajudá-la, mas acaba se entregando à tentação em certos momentos. No escritório da amada, ele encontra Kika (Luciana Paes), a secretária de Celeste, com intenções além das profissionais. Ela, a única funcionária da advogada, expõe seus atributos físicos talvez como forma de compensar o que lhe falta de inteligência. A princípio, parece uma fiel escudeira, mas não resiste a uma proposta de colocar próteses de silicone, por exemplo.

‘Vade Retro’ é a nova comédia do bem contra o mal, que mostra que ainda pode render novos capítulos e boas gargalhadas. A série, em coprodução com a O2 Filmes, obra conta com o texto ágil e ácido de Alexandre Machado e Fernanda Young, a criatividade da direção artística de Mauro Mendonça Filho e a direção de André Felipe Binder e Rodrigo Meirelles. No elenco estão Monica Iozzi, Tony Ramos, Maria Luisa Mendonça, Cecília Homem de Mello, Maria Casadevall, Juliano Cazarré, Luciana Paes e Enrico Baruzzi, entre outros.

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